A bela Valência

Quando saí de São Paulo para vir à Espanha, a cidade de Valência não era meu primeiro destino; na verdade, pouco conhecia ou sabia deste local. Mas então em dezembro, numa dessas surpresas da vida, viemos parar aqui e o que posso dizer é que cada dia que passa me apaixono mais e mais por esta cidade.

Por tudo que já conheci por aqui, e também por ver que quase nenhum amigo ou conhecido meu que já veio para a Espanha visitou Valência, achei legal fazer um post para vocês conhecerem um pouco e, quem sabe, em uma próxima viagem incluí-la em seus roteiros.

Valência fica a 355 km de Madrid e 350 km de Barcelona, e o acesso pode se dar tanto de ônibus quanto de trem. Há os que prefiram alugar um carro e vir para cá; é uma facilidade se você for entregar o carro e não pretender andar com ele pela cidade. Como em todas as cidades grandes da Espanha, estacionar o carro aqui é um exercício de paciência. A cidade é muito fácil de se locomover, tem linha de metrô e de ônibus, então o carro não fará falta (eu, normalmente, faço todos os meus passeios a pé).

O que ver e fazer em Valência? Quando meus amigos perguntam, eu gosto de dizer que Valência é uma mini Barcelona: gosto daqui por não ser tão cheia e você conseguir andar calmamente pelos locais.

Como toda cidade espanhola, a cidade conta com uma Catedral, que é aberta ao público, e também há a possibilidade de realizar uma visita guiada pelo resto do local e o museu. Um fato curioso sobre a catedral é que nela está a relíquia do braço de San Vicente Mártir de Valência – o outro braço está na Catedral de Braga, em Portugal. Nas redondezas da Catedral você encontrará uma série de bares, restaurantes e sorveterias. Nos finais de semana há uma feirinha de cerâmicas.

Outro local que gosto muito aqui é a Plaza del Ayuntamiento, onde há o prédio da prefeitura e o dos correios, ambos muito bonitos. Em frente há uma praça com muitos quioques de vendas de flores. Vale a pena se perder pelas ruazinhas da região, cheias de bares de tapas e, conforme o gosto, restaurantes mais finos de frutos do mar, bem como de lojas de roupas, cosméticos e afins.

Próxima à Plaza del Ayuntamiento temos a estação de trem, cuja construção é muito bonita e vale a foto, e justamente ao lado temos a Plaza de Toros. Em Valência as touradas são permitidas, mas além disto, por ali ocorre uma série de outros eventos. É possível realizar uma visita guiada ao local.

A cidade conta igualmente com um Mercado Central, onde podemos encontrar maior variedade de legumes, frutas e carnes. Na rua em frente ao Mercado há uma série de pequenos restaurantes onde podemos provar a paella valenciana  – e eu recomendo muito que provem, é muito boa.

Seguindo nosso pequeno tour pela cidade, próximo ao Mercado está o bairro del Carmem; posso dizer que é um reduto antigo e mais alternativo da cidade, com muitos bares e vida noturna.

Pelo bairro del Carmem podemos chegar ao Jardín del Turia, que é um parque urbano. Ali você vai encontrar as mais diversas espécie de árvores, pista para ciclismo e corrida e campos de futebol. Uma curiosidade é que o parque surgiu de uma decisão do governo, após uma grande inundação na cidade, de desviar o rio para outro lugar. Em seu lugar foi criado este parque urbano. A cidade conta com dezenas de outros parques e o Jardim Botânico, que fica próximo ao Jardín del Turia.

Não poderia falar de Valência sem falar de sua praia. A praia da cidade chama Malvarrosa e por sua orla podemos encontrar uma variedade de restaurantes. Esqueça a ideia de barraquinhas e ambulantes das praias do Brasil (sim, sinto muita falta disso): a praia é bem tranquila e tem uma extensa faixa de areia. Nas vezes em que fui lá, não estava muito cheia, talvez porque ainda não seja verão, mas confesso que a Comunidade Valenciana conta com praias muito mais bonitas do que essa (dica: vale fazer a costa de Valência até Alicante, o local conta com uma série de praias paradisíacas).

Por fim, Cidade das Artes e Ciências e Oceanográfico. Trata-se de um complexo arquitetônico projetado por Santiago Calatrava e Félix Candela e conta com o Hemisfèric (um cinema de projeções digitais), o Museu de Ciências Príncipe Felipe, Umbracle (que é um jardim e estacionamento), Ágora (espaço multifuncional), Palácio das Artes Reina Sofia e, por fim, o Oceanográfico, que é o maior aquário da Europa. Uma visita à Cidade das Artes e da Ciência pode levar um dia inteiro e, caso deseje visitar os Museus e o Oceanográfico, pode agendar mais de um dia, o local é muito grande.

Não é possível falar de todos os locais para visitar na cidade de Valência; quem sabe, caso vocês tenham gostado da ideia, eu faça mais para frente outro post com mais dicas. Espero que vocês tenham gostado desta pequena apresentação da cidade que eu aprendi a amar e hoje chamo de lar, e pensem com carinho em incluí-la em seu próximo roteiro de viagem. E para ler mais a respeito de Valência, consultem o site oficial da cidade.

¡Hasta luego!