Facebook Twitter Instagram
    BrasileirasPeloMundo.com
    • Home
    • Sobre o BPM
      • Time do BPM
      • Autoras
      • Contato
      • Na Mídia
      • Blogs
    • Colabore
    • Custo de Vida
      • Quanto custa
      • Cheguei e agora?
      • Custo de Vida Pelo Mundo
    • Países
      • Alemanha
      • Austrália
      • Áustria
      • Canadá
      • EUA
      • Espanha
      • França
      • Inglaterra
      • Itália
      • Japão
      • Polônia
      • Portugal
      • Suécia
    • Mais
      • Dicas para viajar sozinha
      • Relacionamentos online
      • Turismo Pelo Mundo
      • Vistos
    • Intercâmbio
      • Intercâmbio pelo Mundo
    Facebook Instagram
    BrasileirasPeloMundo.com
    Home»Bolsas de Estudo Pelo Mundo»Entrevista com Marina Duque, cientista política em Harvard
    Bolsas de Estudo Pelo Mundo

    Entrevista com Marina Duque, cientista política em Harvard

    Paula Dalcin MartinsBy Paula Dalcin MartinsJune 13, 2017Updated:September 28, 20171 Comment6 Mins Read
    Facebook Twitter Pinterest LinkedIn Tumblr Email
    Fonte: acervo pessoal
    Share
    Facebook Twitter LinkedIn Pinterest Email

    A Paula, autora aqui do Brasileiras pelo Mundo, teve o prazer de entrevistar a doutora Marina Duque, que, atualmente, faz pós-doutorado em Harvard no Programa de Segurança Internacional. Marina fez doutorado em Ciência Política na Ohio State University e trabalhou como diplomata no Brasil. Nesse texto, ela conta sobre sua trajetória e oferece dicas valiosas a quem quer também fazer carreira nesta área! 

    BPM: Onde você cresceu? Como decidiu que queria estudar Relações Internacionais?

    Marina: Nasci em Belo Horizonte, e desde criança tinha muita vontade de conhecer outros lugares. Comecei cedo a estudar outras línguas, muitas vezes sozinha mesmo. Pegava discos dos Beatles e ouvia até tirar as letras de ouvido, e assistia a filmes com um caderninho na mão para anotar palavras novas. Quando uma amiga do colégio me contou que uma agência de intercâmbio tinha um concurso de bolsas, me inscrevi na hora. Aí ganhei uma bolsa para fazer intercâmbio nos Estados Unidos, o que foi uma experiência ótima. Eu tinha interesse em outros países e em ciências sociais, mas não conseguia escolher uma disciplina só, como história ou economia. Quando ouvi falar do curso de Relações Internacionais, que tinha influência de várias disciplinas (e a palavra “internacional” no nome!), soube que era o meu curso.

    BPM: Como foi a sua trajetória até ir fazer doutorado na Ohio State University (OSU)?

    Marina: Quando comecei a me preparar para o vestibular, a Universidade de Brasília (UnB) era a única universidade pública que oferecia o curso de Relações Internacionais. Então estudei bastante até passar no vestibular de lá, que era bem concorrido. Além de português e inglês, o vestibular colocava ênfase em matemática e física – o que me levou a fazer até cursinho preparatório para o ITA! Valeu a pena cada minuto. Me encontrei na UnB, onde muitos dos meus colegas vinham de vários cantos do Brasil e tinham os mesmos interesses que eu. Por estarmos na mesma cidade que o governo federal, tínhamos oportunidades ótimas de estágio ainda durante a faculdade. Como me interessava por segurança internacional, fiz estágio no Ministério da Defesa (MD) e depois fui convidada a trabalhar lá. Na época eu estava decidindo entre seguir carreira acadêmica ou trabalhar no governo. Como não havia uma carreira para civis no MD, resolvi sair de lá e fazer mestrado na UnB. Também comecei a estudar para o Concurso de Admissão à Carreira Diplomática, fazendo cursinho e lendo um livro por dia para dar conta da bibliografia. Foi uma alegria passar no concurso, ainda mais porque vários amigos da UnB passaram junto. Trabalhei por alguns anos no Itamaraty, onde tive experiências como participar de reuniões da Unesco, preparar visitas de chefes de estado e participar de negociações para construir (literalmente) uma ponte entre o Brasil e a França. Mas a vontade de fazer pesquisa permanecia, então resolvi pedir licença para fazer doutorado.

    BPM: Como você se preparou para o doutorado nos Estados Unidos?

    Marina: Para identificar os programas de doutorado que me interessavam, consultei o ranking do US News & World Report e o website de cada departamento para ver se havia professores com quem gostaria de trabalhar. Como há muitos programas de doutorado, cada um tem uma identidade específica. Por exemplo, o programa da OSU é conhecido pela diversidade de perspectivas teóricas e metodológicas. Para selecionar candidatos, os departamentos prestam atenção não somente nas notas como também em quanto a pessoa se encaixa no perfil do departamento. Para preparar meus materiais, procurei exemplos online e dicas de professores na minha área (como essa e essa). Também usei o livro “Cracking the GRE“, que tem edições atualizadas todos os anos. Não é necessário enviar um projeto de doutorado.

    Marina com os professores Richard Herrmann, Randall Schweller e Alexander Wendt (da esquerda para a direita), sua banca, no dia da defesa do doutorado. Fonte: acervo pessoal.

    BPM: Existem diferenças marcantes entre atuar nesta área no Brasil versus nos Estados Unidos?

    Marina: O campo de Relações Internacionais foi fundado recentemente no Brasil, e ainda há poucos programas de doutorado na área. A pesquisa mais influente tende a ser conduzida nos EUA ou na Europa. Os EUA enfatizam mais o treinamento em métodos de pesquisa – área que considero importante. Também existem mais opções de programas de doutorado bons com critérios de admissão semelhantes (GRE, TOEFL), o que cria ganhos de escala para quem tenta uma vaga de doutorado. Os candidatos mandam sua inscrição direto para o departamento, que geralmente oferece vagas com bolsa ou outras formas de financiamento. Como contrapartida, os alunos trabalham como assistentes dos professores ou dão a própria aula.

    Nos EUA, as Relações Internacionais são uma sub área da Ciência Política, o que me levou a aprender bastante sobre política em geral e ter uma visão mais abrangente da minha área. Além disso, há tipos de pós-graduação diferentes dependendo dos seus objetivos profissionais. O doutorado acadêmico dura em média 6 anos e talvez não seja a melhor escolha para quem não quer seguir carreira acadêmica. Há mais ênfase em profissionalização – e parte importante disso é o diálogo constante com os seus pares, seja em seminários em que se apresenta pesquisa em andamento ou reuniões com o seu comitê durante a escrita da tese.

    BPM: Como a mulher é tratada ou vista nessa área no Brasil e nos EUA? Que barreiras comuns as mulheres enfrentam, e o que podemos fazer para seguir em frente?

    Marina: Nos EUA, manifestações abertas de preconceito são bem menos toleradas socialmente, ainda que aconteçam às vezes. Há mais consciência sobre problemas como preconceito e discriminação, assim como vocabulário para falar deles e estruturas institucionais de apoio. Mas a proporção de mulheres ainda é baixa. Na minha turma de doutorado, eu era a única mulher estudando Relações Internacionais (em um total de sete alunos). Não foi uma experiência fácil, mas tive a sorte de contar com o apoio dos professores, que me incentivaram a participar em aula e se mostraram abertos a conversar sobre questões de gênero. Com o tempo me senti à vontade para falar se alguma coisa me incomodava. Percebi que isso não era um problema pessoal meu, mas sim um problema social. Acho importante encontrar uma comunidade com que se possa conversar sobre essas coisas. A minha comunidade tem se expandido cada vez mais com iniciativas como Women in Conflict Studies, Journeys in World Politics, Visions in Methodology e Women Also Know Stuff.

    Marina, muito obrigada pela sua entrevista. O BPM agradece a disponibilidade e gentileza de compartilhar a sua trajetória de sucesso conosco. Temos certeza de que você vai inspirar outras mulheres brasileiras a chegarem lá também.

    Textos relacionados

    • Desenvolvimento de carreira para mulheres na Holanda
    • Peculiaridades de Nijmegen na Holanda
    • Condições de trabalho como pesquisadora na Holanda
    • As melhores experiências que tive nos EUA
    • Kessia Cericola, advogada e intérprete judicial nos EUA
    • Deixando os Estados Unidos em busca de uma vida melhor
    Clique aqui para ler mais artigos da mesma autora
    bolsa de estudo carreira acadêmica carreira fora do Brasil ciências políticas diplomata doutorado nos EUA EUA Itamaraty mulheres profissionais nos EUA pós-graduação nos EUA Relações Internacionais
    Share. Facebook Twitter Pinterest LinkedIn Tumblr Email
    Paula Dalcin Martins
    • Website

    Gaúcha de Cruz Alta, ativista vegana e feminista, Paula é bacharel em biomedicina, mestre em microbiologia (ambos pela UFRGS) e doutora em microbiologia pela Ohio State University, nos Estados Unidos. Em setembro de 2018, Paula iniciou seu trabalho como pesquisadora (postdoc) na Radboud University Nijmegen, Holanda. Paula se desligou do BPM em fevereiro de 2019, mas deixou diversos textos sobre como fazer pós-graduação e pós-doutorado no exterior, diversas perguntas comuns respondidas nos comentários de seus textos e todos seus materiais de inscrição para o doutorado (https://www.dropbox.com/sh/0qt77pqrl588y1n/AAAKaISuR1RE5lj8yYCPCXS9a?dl=0).

    Related Posts

    Novas gírias e expressōes faladas nos Estados Unidos

    March 1, 2023

    Moradia e pandemia: obstáculos e oportunidades

    August 23, 2021

    O meu sucesso não é o mesmo que o seu!

    August 20, 2021

    1 Comment

    1. Renata Vazquez on November 16, 2017 6:06 pm

      Parabéns à Marina e a desejo muita sorte e hardworking. Sempre positivo entender os percursos e ferramentas usadas por cada um para traçar seus caminhos.

      Reply

    Leave A Reply Cancel Reply

    This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.

    • Facebook
    • Instagram
    Polônia

    Dia de Finados na Polônia

    By Ann MoellerOctober 28, 20240

    Dia de Finados na Polônia O Dia de Finados é comemorado oficialmente pela Igreja Católica…

    Novas gírias e expressōes faladas nos Estados Unidos

    March 1, 2023

    Terremoto na Turquia

    February 10, 2023

    Natal em tempos de guerra

    December 21, 2022
    Categorias populares

    Green Card e Residência permanente após o casamento

    April 26, 2015

    Como morar legalmente na Espanha

    August 7, 2015

    Como estudar no Ensino Superior em Portugal

    August 14, 2014

    Como é morar em Santiago no Chile

    June 28, 2014

    Validação do diploma brasileiro nos EUA

    May 20, 2016

    Cinco razões para não morar na Dinamarca

    April 19, 2015

    Passo-a-passo para fazer mestrado ou doutorado com tudo pago nos EUA

    March 2, 2016

    É brasileiro e reside no exterior? A Receita Federal ainda lembra de você!

    February 9, 2017
    BrasileirasPeloMundo.com
    Facebook Instagram
    • Sobre o BPM
    • Autoras
    • Na Mídia
    • Anuncie
    • Contato
    • Aviso Legal
    • Política de privacidade
    • Links
    © 2012-2025 BrasileirasPeloMundo.com

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.