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    Home»França»Generosidade na França
    França

    Generosidade na França

    Ana LozonBy Ana LozonJanuary 7, 2014Updated:October 11, 201714 Comments5 Mins Read
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    Hoje eu queria falar sobre generosidade.

    Os franceses têm muitas “famas”, entre elas, a de serem arrogantes, superiores, frescos, para falar no português bem brasileiro: são uns metidos.

    Mas como nem tudo são flores nem pedras, isso é apenas um rótulo, que eles não rejeitaram, então pegou. Porém a verdade é bem outra, e mesmo sem se tocar são um povo bem generoso!

    A generosidade não está apenas no ato de dar. É algo mais, algo no qual você dá sem esperar nada em troca, apenas pelo ato de satisfazer alguém, em consequência, alguém recebe sem sentir que te foi feita uma caridade, ou uma doação ou um favor.

    Eu caminho pelas ruas de diferentes cidades, e em todas elas eu encontrei a generosidade escancarada. Assim praticamente tropecei nela.

    Não sei se sempre foi assim, mas sempre em que eu estive aqui eu vi, caminhando pelas ruas de Paris, Reims ou Arras por exemplo, eu vi caixas. Sim caixas, de papelão, caixas ali na rua, num banco, na frente de uma casa, ou na frente de uma Universidade. Caixas, com pequenas doações, direcionadas não para os pobres, nem para ricos, não para os que necessitam, ou para os mendigos, mas para todos, todos os que quiserem ou se interessarem: “SIRVAM-SE” é a única informação escrita nestas caixas.

    O bonito dessa história é que eu vi todo o tipo de “coisas” mas não de qualquer maneira, são coisas em um bom estado, limpas , inteiras, conservadas. Sabe aquela premissa de “Nada se cria, tudo se transforma”, é mais ou menos a regra desse jogo ou dessa moda , por assim dizer. Tudo se doa nada se joga fora.

    Se os franceses não se servem mais de alguma coisa, eles não simplesmente jogam no lixo, ou dão para uma ONG ou para a Igreja e pronto você está livre da “coisa”.

    Mas o que são essas “coisas” afinal? “São” tudo!

    Em Paris dentro do metrô, já me deparei com um livro ali esquecido propositalmente, é para alguém pegar, ler, e passar adiante. Ainda em Paris, na frente de uma Universidade havia um banco com alguns livros, romances , livros de línguas, até manuais, você quer? Sirva-se!

    Na rua havia uma livraria já fechada, mas na frente dela, uma caixa com muitos livros, desde “guias Routard” do ano passado, romances, ficções-científicas, quer um passatempo? Sirva-se!

    Ali, em outro bairro, noutro dia, no meio da noite, um quiosque aberto, sem ninguém, com muitos livros, praticamente uma mini biblioteca, quer ler e devolver, ou passar adiante? Sirva-se! Que bonito é partilhar o saber não é mesmo?

    Em Arras, uma cidade francesa, perto da Bélgica, duas cadeiras, sim mostrando seu tempo de uso, porém inteiras, te interessa? Sirva-se! Em Reims eu estava voltando para casa num dia desses e ali, na janela de uma casa, qual eu passo em frente todos os dias, uma caixa cheia de louças, cerâmicas, bomboneiras, taças de vinho e até um conjunto de chá inteiros, não estavam lá largados, sujos e quebrados, muito pelo contrário estavam limpos em sua devida caixa, você quer? SIRVA-SE!

    Aqui o frio está cada dia mais intenso e vi um grande saco de roupas, ali na porta de uma casa. Todas as peças dobradas e limpas, mas desta vez endereçada a alguma pessoa em especial: Para Yaya!

    Ninguém, levou o saco, todos os pedestres passavam, olhavam e iam embora. Você pode doar a qualquer um, e melhor que isso, a quem quiser!

    Uma “coisa” que meus pais sempre me ensinaram: se não é bom para você, então não é bom para o próximo. Quer dizer, se algo está quebrado, rasgado, podre, então não está em condições de ser usada por mim nem pelo outro.

    Este sentimento igualitário, essa maneira francesa de partilhar e dividir, reflete diretamente na política do país, tanto que reflete no sistema de aposentadoria daqui, que é um sistema solidário, no qual os jovens de hoje, trabalham e cotizam para pagar a pensão dos aposentados de hoje, que trabalharam e cotizaram para os aposentados de ontem e assim por diante.

    A generosidade não está apenas no ato de dar a uma entidade, a uma organização, uma ONG, ou de dar aos pobres na época de Natal. A generosidade não está tampouco em dar a quem não tem, dar àquele que nem sabemos o nome, mas sim a dar também a quem está ao seu lado!

    E não apenas no sistema de aposentadoria é assim, por exemplo, no dia seguinte de ter tomado um café com um amigo, ou ter saído com a galera, é comum de serem trocados mensagens SMS e também e-mails agradecendo o tempo juntos, dizendo o quanto foi agradável este momento juntos, ou mesmo desejando uma boa semana, um bom dia, simples assim!

    Uma pequena mensagem, pelo prazer de ter estado com aquela pessoa querida, é na verdade uma maneira muito gentil e sutil de cultivar a amizade a cada dia.

    Hoje me surpreendi com uma prova de generosidade com as pessoas que amamos. Eu estava na fila do supermercado e enquanto isso um menininho apontava insistentemente para os seus pais o brinquedo que ele queria, os pais se faziam de desentendidos e mostravam todos os brinquedos exceto para aquele que ele desejava. Pois bem, logo entendi que a criança queria uma metralhadora de brinquedo , os pais não o reprimiram nem disseram nada duro, ao contrário, gentilmente o persuadiram a levar um outro brinquedo que não incitava a violência. Tá aí, quer prova maior de gentileza, que esta , de passar aos nossos filhos a mensagem de amor e paz para com o outro?

    Generosidade a gente passa adiante!

    Feliz 2014 !!

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    Franca
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    Ana Lozon
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    Ana é estilista formada em Negócios da Moda com master em Gestão de COMEX e mora em Reims, França, com o marido.

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    14 Comments

    1. Fernanda Moura on January 7, 2014 12:27 pm

      Que inspiração o seu texto, Ana Carina. Não fazia idéia da generosidade francesa. Taí uma boa dica para 2014 🙂 Beijos

      Reply
    2. Ju on January 7, 2014 12:31 pm

      Ana que lindo seu texto….. realmente generosidade estao nos menores e mais singelos atos… adorei comecar meu dia lendo seu texto….. Um forte abraco…..

      Reply
    3. Evelyse Eerola on January 7, 2014 4:42 pm

      Muito interessante o texto. Não conhecia este lado generoso dos franceses. Um bom exemplo para o Brasil, onde se desperdiça tanto. Adorei!

      Reply
    4. Chris on January 7, 2014 6:59 pm

      Muito bacana a mensagem, Ana. Que a generosidade francesa contamine todos os povos em 2014! =)
      abs

      Reply
    5. Neide Alves on January 7, 2014 11:09 pm

      Olá!

      vi sua entrevista na Band News, e fiquei super curiosa para conhcer seu blog. Comecei hoje e vou lê todos os posts.

      Estou adorando!

      este é oootimo.

      abç

      Reply
    6. Monica Bateman on January 8, 2014 5:11 pm

      Ana, parabens pelo texto, mostrou um lado dos franceses que eu nao conhecia!

      Reply
    7. Ana Cristina Kolb on January 12, 2014 1:53 pm

      Ana amada, aprendi através de uma formação como terapeuta, que por “coincidência” o metodo foi criado por uma francesa, Marie-FranCoise Nogues, que nosso cérebro, não conhece os outros, mas somente a nos mesmos, na verdade este principio é da neurociencia. Ao contrario do que pensamos, é no cérebro que se encontra nossas emoções, e não no coração, biologicamente falando! O coração reage assim como o sistema nervoso, endocrino, muscular e por ai vai! rsrrsrsr Sua visão do mundo mostra a generosidade da sua alma e isto é lindo! Tenho certeza que voce vera sempre generosidade onde quer que va, porque a generosidade esta dentro de voce. Acredito na lei da atracão, e por ser generosa e carinhosa com certeza atrai, cultiva e se relaciona com pessoas generosas. Seus exemplos de situações de generosidade seriam talvez descritos ou interpretados talvez por mim, depois de décadas na Europa, e experiência em vários países, de outra form. Minha descrição com certeza não seria negativa, de forma alguma, mas não sei se veria com olhos de generosidade, mas cultural, pratico, histórico, enfim muitas são as perspectivas como podemos interpretar este tipo de pratica rsrsrsrrrs …… mas deixemos de lado as caixinhas e a filosofia, rsrsrsr so posso apreciar e reviver a “Ana”Cristina que um dia fui, também com este olhar lindo, doce e generoso, ao descobrir uma nova cultura! Me vi em voce! rsrsrsr Inspirador seu texto e poesia pro meus olhos sua forma de descrever sua experiência com estes hábitos franceses, que pra mim reflete mais o chamado mundo velho, europeu, que como sobreviventes de guerras, ganharam consciência e aprenderam o verdadeiro valor das coisas., onde glamour, luxo é partilhar, é reciclar, é oferecer, é transformar, é ser generoso, é ser consciente! Parabens linda pelo lindo texto! E parabens Ann Moeller por escolher este texto inspirador com uma mensagem, um testemunho e uma perspectiva tao linda pra iniciar 2014! Namasté minhas lindas!!!!!!

      Reply
    8. Ana Carina on January 15, 2014 3:23 am

      Ana Cristina, muito obrigada, que linda!
      Fiquei muito contente com todos os elogios e que pude transmitir verdadeiramente o que eu senti , e melhor ainda dividir isso!
      Um 2014 cheio sucesso e alegrias!!

      Reply
    9. Maria Eliza on February 13, 2014 12:53 am

      Oi Ana! Queria lhe parabenizar pelo seus posts, realmente escreve muito bem….
      Queria aproveitar e te perguntar um pouco mais sobre a França, mais especificamente sobre Paris ou Bordeaux, pois meu marido esta sendo sondando por a empresa de Ti (informática) para trabalhar e realmente nao temos muita informação… Atualmente moramos em Montreal (parte francesa do canada), fizemos o processo de imigração e estamosnaqui ha 2 anos… Vc poderia me dar algumas informações como custo de vida, moradia….ou me indicar onde posso encontra-las? Desde já te agradeço 🙂

      Reply
      • Ana Carina Lozon on March 6, 2014 9:13 am

        Oi Maria Eliza , obrigada!
        Eu realmente não saberia te informar nada sobre Bordeaux, pois não conheço lá ainda.
        Como eu também não conheço Montreal, não teria este parâmetro pra te dar, mas eu brinco que por exemplo se um lanche custa em São Paulo, R$15, aqui também são quinze , mas são 15 euros!Então jogando mais ou menos 1 EUR= 3 reais, então tudo aqui sai três vezes mais caro.
        Por exemplo, hoje valores de 2014, o SMIC ( salário mínimo) é de 9,53 EUR bruto por hora, e aqui a carga horária de trabalho é sobre 35 horas semanais, faz um salário mínimo total de 1445,38 EUR, porém o aluguel de um apartamento pequenino, o que nós chamamos de kitinete (aqui eles chamam de estúdio) custa no mínimo 800 a 1000 EUR por mês sem as taxas que são (água, luz, gás, seguro do gás, condomínio…) mas isto levando em conta que o apartamento não tem nem elevador, nem garagem, e que você tenha encontrado um pérola rara, num bom bairro, senão o bairro mais barato e talvez não tão seguro assim é o da “Gare de Nord”.
        Hum, então em relação ao custo de vida eu diria que a vida não é barata aqui não, mas tudo que pagamos e os impostos são de fato revertidos para a sociedade. Mesmo se o metrô é fedido, ele serve toda a cidade, senão há o trem que serve os arredores, as linhas de ônibus e tramway (vulgo bondinho) idem, em relação a saúde que eu falo aqui: https://brasileiraspelomundo.com/franca-sistema-publico-de-saude-02173675
        também , não achei que a França dá um boa assistência às pessoas, , poxa e sem falar em segurança, que aqui ninguém me assalta dentro do ônibus nem dentro do meu carro (mas há que fazer atenção nos trombadinhas).
        Então eu diria que França é uma ótima escolha , têm qualidade de vida, segurança , saúde, etc, de outro lado há que buscar muito, há que ver quanto vocês podem e querem gastar.
        Espero que tenha te ajudado, e boa sorte nesta nova empreitada!

        Reply
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