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    Home»Dinamarca»Øresund, a ponte entre a Dinamarca e a Suécia
    Dinamarca

    Øresund, a ponte entre a Dinamarca e a Suécia

    Marcele RaskBy Marcele RaskJanuary 2, 2017Updated:October 9, 20177 Comments5 Mins Read
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    Sou Marcele, maranhense de nascimento, brasiliense de criação, dinamarquesa por casamento, sueca de coração, øresundner de localização e muita confusão! Desde de 2011 resido na região de Øresund, mas minha relação com a terra dos contos de fadas, antigos reinos, frutinhas vermelhas e igualdade de direitos começou em 2008, quando um lindo viking de olhos azuis-esverdeados se materializou em meu caminho como num simples passe de mágica. E desde então, vivo uma vida dupla, ora a ervilha chatinha e perturbadora do sono real, ora a gentil, amável e imprevisível menina Pippi Meialonga,  questionadora de tudo e mais um pouco.

    Agora que já fomos devidamente apresentados e nos tornamos amigos de infância, vamos à construção da nossa ponte, essa bela estrada que conecta dois lindos reinos – Dinamarca e Suécia – que de tão semelhantes e paradoxais dão muito nó na cabeça de seus residentes.

    A história da construção dos Reinos da Dinamarca e da Suécia possui muitos pontos em comum e são considerados, muitas vezes, reinos irmãos. E como todos bons irmãos, brigas e guerras não faltaram pelo meio do caminho. Mas como o bom da vida é que a gente se torna vintage, amadurecido e sábio (pelo menos deveria!), a Dinamarca e a Suécia perceberam que juntos são mais fortes e, deste modo, resolveram estreitar seus laços fraternais.

    E numa de suas conversas regadas a muitos snaps (tipo de cachaça dinamarquesa e sueca) e arenques, o momento eureca oresundiano aconteceu e o refrão “Vamos construir uma ponte em nós” surgiu. É amiguinhos, Sandy e Junior não são tão originais assim!

    Contudo não se enganem, pois a fraternidade estatal é um ser interesseiro e, deste modo, a principal razão para a construção da Ponte de Øresund (dinamarquês) ou Öresund (sueco) foi trazer a Escandinávia o mais próximo possível do continente europeu, fomentando o desenvolvimento dessa região através da promoção do intercâmbio comercial e fortalecimento dos laços econômicos.

    A região de Øresund é constituída pela área sul da Suécia, Escânia, e pela zona leste da Dinamarca, as ilhas de Zelândia, Lolland-Falster, Møn e Bornholm, e possui uma população combinada de 3,7 milhões de pessoas. Ressalta-se que a região da Grande Copenhague-Malmö representa a maior conurbação da Escandinávia com seus 2,6 milhões de habitantes, o que para parâmetros tupiniquins é bem menor que a população do Distrito Federal.

    Depois de mais de um século de debate sobre a construção da ligação fixa conectando os dois países, foi assinado, em 23 de março de 1991, o acordo derradeiro para interligar as cidades de Copenhague, na Dinamarca e Malmö, na Suécia. O complexo rodoferroviário é oficialmente nominado de Ligação Fixa de Øresund, embora seja frequentemente chamado de Øresundbron ou Öresundbroen na Dinamarca e na Suécia, respectivamente. Tal ponte, na verdade, é uma combinação de 4 km de túnel submerso, 4 km de ilha artificial – Peberholm – e 7.845 metros de ponte estaiada que juntos abrangem os quase 16 mil metros entre os dois países.

    O engendrado design da ponte-túnel pauta-se no respeito ao meio ambiente e pelas tradições de construção nórdicas, simples e racionais e, em especial, para permitir a navegação no estreito de Øresund. A ponte, uma das mais longas de sua categoria, possui um pilar de 204 metros e pesa cerca de 82 toneladas. A rodovia possui quatro faixas de rodagem, já a ferrovia situa-se abaixo da rodovia na ponte e paraleliza-se a rodovia no túnel. Os barcos de grande porte passam sobre o estreito de Drogden (faixa de mar sobre o túnel) e os demais, abaixo da ponte que possui uma folga vertical de cercar de 57 metros.

    A estrutura do túnel é constituída de elementos de concreto e ecológicos situados no fundo do mar através de tecnologia semelhante as utilizadas na instalação de base de extração de petróleo.

    A disposição global desse emaranhado de concreto, inaugurado em 1º de julho de 2000, foi desenhada pelo arquiteto dinamarquês Georg Rotne e a construção, que demorou 5 anos para ser concluída e custou cerca 3 bilhões de euros, foi financiada pelo consórcio de Øresundbron.

    Os pilares da ponte e o parque eólico de Lillgrund propiciaram a formação de um recife natural e são um ambiente protegido para a vida marinha. A ilha artificial de Peberholm, que conecta o túnel e a ponte, foi construída a partir de material retirado do fundo do mar local e um parque ambiental foi erguido na ilha, tornando-se um santuário para pássaros e outros animais da região, dentre eles, um raro sapinho verde danadinho, gosmentinho e famoso por ter inspirado a lenda do sapo-príncipe. Às moças e aos rapazes interessados em comprovar a veracidade da lenda, informo-lhes que há uma saparia ao redor da costa de Øresund.

    Aproximadamente dois terços dos viajantes preferem o conforto do trem, que garante uma soneca revigorante de 35 minutos do centro de Malmö ao centro de Copenhague – só não vale babar! Mas como não há rosas sem espinhos, o dolorido pedágio pode custar, por percurso, até 46 euros de carro ou 13 euros de trem.

    A experiência de atravessar a ponte, seja de carro ou de trem, é inesquecível e um choque de realidade ao constatar a capacidade do ser humano em transformar o espaço ao seu redor. A cada travessia, reflito sobre a justaposição da vida de migrante e a estrada da aceitação, onde o escuro túnel representa as decepções e frustrações diárias nessa batalha pela inserção e, a ponte vem a ser a alegria e a normalidade que tanto almejamos. E é desta esperançosa pangeia que conversaremos em nossos posts.

    Para mais informações, visite o site oficial da ponte.

    Hejdå (sueco), Hejhej (dinamarquês), Tchau!

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    Marcele Rask
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    Marcele é de Brasília. Devota do cuscuz com bife e extremamente alérgica a pimentas e pimentões, mudou-se, em 2011, de mala e cuia para a região de Øresund, após um esbarrão da vida culminar em um amor vikingninquim e uma especialização em Direito Internacional dos Direitos Humanos. E desde então, Marcele tornou-se, inusitadamente, súdita de dois Reinos: Dinamarca e Suécia.

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    7 Comments

    1. André Radigonda on January 26, 2017 6:13 pm

      Seu texto ficou muito gostoso de se ler, Marcele! Cheguei ao fim querendo mais! Parabéns! Por curiosidade, você faz essa travessia praticamente todos os dias?

      Reply
      • Marcele Rask on January 27, 2017 2:08 pm

        Olá, André. Boa Tarde.
        Que felicidade saber que você gostou do texto. Essa ponte tem um significado muito especial para mim 🙂
        Atravesso cerca de 3 a 4 vezes por semana. Às vezes mais, às vezes menos, dependendo das atividades que tenho a realizar.
        Dentro de alguns dias, um novo texto sobre esses dois mundos será publicado. Fique ligado, acho que lhe agradará também. 🙂
        Forte abraço.
        Marcele

        Reply
        • André Radigonda on January 28, 2017 4:57 pm

          Oi! Obrigado pela atenção! 🙂
          Interessante! Me interesso bastante por esses dois mundos que você está inserida. Seguramente me agradará. Ficarei atento por aqui!
          Abração!

          Reply
          • Marcele Rask on January 29, 2017 5:26 pm

            Que maravilha, André 🙂
            Vou adorar ter sempre o seu feedback.
            Forte abraço! 🙂

            Reply
    2. anderson on April 5, 2017 2:30 am

      Oi parabéns pelo Post. Sou um estudante de engenharia civil em minas gerais e estou fazendo um trabalho sobre a ponte oresund, gostaria se você puder fazer um pequeno vídeo falando sobre os benefícios da ponte e sobre a interculturalidade que ela gera.obrigado.

      Reply
      • Marcele Rask on April 5, 2017 9:41 am

        Oi Anderson.
        Obrigada, fico feliz que tenha gostado do artigo.
        Faço, claro, adoraria ajudar.
        Te enviei um email, responde com o que você precisa e para quando, e eu te envio o video.
        Um abraço.

        Reply
    3. anderson on April 7, 2017 1:42 am

      Obrigado desde já.

      Reply

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