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    Home»Canadá»Canadá – Vilarejos em Quebec
    Canadá

    Canadá – Vilarejos em Quebec

    Marcella SantiagoBy Marcella SantiagoSeptember 3, 2016Updated:May 9, 20171 Comment5 Mins Read
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    Tem gente que gosta de cidade grande, movimento de pessoas, vida agitada e lugares urbanos. Mas as cidades maiores geralmente também trazem consigo barulho, poluição e fatores não tão favoráveis que contribuem para uma qualidade de vida mais baixa. É incontestável que o Canadá possui cidades desenvolvidas e mais populosas. No entanto, é também um dos países que mais conta com pequenas cidades e vilas e, sem dúvida, um dos top 3 na lista dos países com menos habitantes por metro quadrado.

    bandeirolas
    Foto: arquivo pessoal

    Como sabemos, o meio e o norte do Canadá são formados principalmente por paisagens naturais, vida animal e muito, muito frio. Ah, também tem alguns esquimós, claro. Mas o que seria um meio termo, então, entre as grandes capitais e os lugares inóspitos? Certamente, o Canadá também está cheio de cidades menores ou vilas, aqueles lugares fofos onde os jovens não querem ficar, mas que são perfeitos para nascer e crescer com qualidade de vida e a dose perfeita de civilização.

    lacdore
    Lac Doré, Val-David -Foto: arquivo pessoal

    Um supermercado, pouco mais de quatro mil habitantes, dos quais mais de 90% são francófonos e alguns dos mais lindos lagos da região de Quebec: essa é Val-David, uma vila ao norte da província de Quebec, que atrai mais de cem mil visitantes por ano. Quem pensa que a vila é frequentada apenas no verão, se engana. Além dos lagos, atividades como ski de fond ou andar de raquete são extremamente comuns durante o inverno. O vilarejo de Val-David está situado na região montanhosa dos Laurentides, o que proporciona ainda a possibilidade de praticar atividades recreativas e esportes como a escalada e o ciclismo, bastante comuns na região.

    Eu já tinha ouvido falar de Val-David, mas não sabia que ficava a apenas uma hora de carro de Montreal, e nem que o local possuía tanta beleza natural. Fomos em seis amigos, e o lago onde ficamos chama-se Lac Doré ou ‘Lago Dourado’, talvez assim chamado pelos peixes dourados que ali vivem. Água límpida, silêncio e alguns vizinhos locais, com apenas um hotel de médio porte, isso tudo pode ser encontrado no Lac Doré. Situado a pouco mais de 2km do centro da cidade, é possível ir caminhando até o supermercado e até a interessante lojinha, “Magasin Général”, no centro da vila, onde durante os finais de semana pode-se ter a sorte de encontrar uma feirinha de rua bem frequentada pelos locais e por turistas também. Comidas locais, da produção orgânica de hortifrúti até tortas caseiras, grelhados, cogumelos selvagens e até mesmo queijo fresco produzido algumas horas antes, no mesmo dia.

    steagathe
    Ste-Agathe des Monts – Foto: arquivo pessoal

    Tudo isso contribui para a qualidade de vida na região. A vida pacata, os poucos carros, a chance de andar a pé por toda a vila e de praticar esportes, conforme cada estação permite e incentiva, são pontos a serem considerados quando se fala de qualidade de vida. A história de Val-David é gravada com a expressão das mais variadas formas de arte. Escritores, pintores, poetas e músicos locais saíram da vila de Val-David, onde contaram com uma atmosfera favorável para criar e produzir material artístico.

    A vila possui certamente um ar de cidade pequena, onde as pessoas vivem em comunidade e onde se pode pensar em morar, justamente pela proximidade da cidade de Montreal. No passado, havia uma linha de trem na vila, com estação de nome Belisle’s Mill, a primeira estação do trem do norte – Le P’tit Train du Nord – construída em 1892. Após alguns anos de serviço, passando intacta pelas guerras e levando e trazendo milhares de praticantes do ski para a região, a estação foi demolida e removida entre 1985 e 1990. Talvez por esta razão a vila tenha sido conservada com a maioria de habitantes sendo de famílias locais e preservado seu tamanho de vila. A linha de trem que possuía parada em Val-David era a linha de St-Jerôme, o que se tornou um parque linear após transformar seus 230 km em uma estrada, visitada,  hoje, por ciclistas e amantes de esporte e onde se pode praticar as mais diversas atividades recreativas durante todas as estações do ano. As paradas, ou estações de trem, foram convertidas em cafés, lojas de aluguel e conserto de bicicletas, ao longo do caminho entre Bois-des-Filion e Mont-Laurier.

    Ainda na região, pode-se visitar outras vilas, como Sainte-Agathe des Monts e Sainte-Adèle, que contam com uma média de dez mil habitantes e são também pequenas vilas cheias de riquezas locais e vida tranquila, lagos, atividades recreativas nas várias estações e atrações turísticas para todos os gostos. Vale a pena alugar um carro ou escolher alguns trechos para fazer de bicicleta. Uma ideia para os mais ousados é ir de trem, levar a bicicleta até uma das vilas e retornar para Montreal, pedalando e admirando a paisagem enquanto se conhece cada vila e beleza do caminho.

    Encerrando com um pouco de história, deixo um trecho escrito pelo poeta e autor, também atuante ativo da época da Revolução Silenciosa do Quebec, Gaston Miron, nascido e criado em Sainte-Agathe des Monts, que me lembrou ligeiramente do nosso brasileiríssimo Paulo Leminski:

    “Le non-poème
    c’est ma tristesse
    ontologique
    la souffrance d’être un autre
    le non-poème
    ce sont les conditions subies sans espoir
    de la quotidienne altérité”

    Extraído do livro “L’homme rapaillé”, o poema chama-se “Notes sur le non-poème et le poème”.

    Em tradução livre:

    “O não poema
    é minha tristeza
    ontológica
    o sofrimento de ser outro
    o não-poema
    estas são as condições sofridas sem esperança
    da cotidiana alteridade *”

    * Um dos princípios fundamentais da alteridade é que o homem na sua vertente social tem uma relação de interação e dependência com o outro. Por esse motivo, o “eu” na sua forma individual só pode existir através de um contato com o “outro”.

    Fonte

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    Marcella Santiago
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    Marcella saiu do Brasil aos 17 anos para trabalhar como modelo, tendo sua estréia na Ásia. Depois de 4 anos foi morar em países como México, índia, Turquia e África do Sul também através do trabalho. Em 2015, casou e se estabeleceu com o marido em Montreal, no Canadá. Atualmente é estudante de Marketing e apaixonada por fotografia, cinema e literatura, também divide um pouco de seu dia-a-dia e experiências por meio do blog Randomazing.

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    1 Comment

    1. Abigail on September 4, 2016 3:40 am

      Amooooo os relatos sobre Quebéc. Me apaixonei por Montreal!!

      Reply

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