Cheguei em Sydney e agora?
São vários meses ou até mesmo anos de preparação, economias, certezas, incertezas… enfim! Tanta coisa para organizar, e quando finalmente chegamos no destino desejado nos damos conta de que a aventura está apenas começando e temos muito mais coisas para pensar, aprender e organizar também… Afinal, ninguém disse que seria fácil, não é mesmo?
Nos posts anteriores listei alguns pontos fundamentais para quem está chegando e quer trabalhar em Sydney, mas hoje trouxe algumas tarefas básicas para o recém-chegado. Se esse é o seu caso, leia, releia, imprima e carregue contigo esse manual! Ahahaha… Vamos lá!
Cartão para transporte público, o chamado Opal: Se locomover é preciso, então o primeiro passo é garantir o seu Opal Card, a forma mais eficiente para utilizar o transporte público em Sydney. Trata-se de um cartão aceito em todos os meios de transporte da cidade, e você pode reabastecê-lo online (via app ou site) ou em qualquer estação. Como já pontuei em posts anteriores, o valor da passagem varia conforme a quilometragem percorrida, e o Opal calcula tudo automaticamente, te garantindo os devidos descontos, quando aplicáveis (ex.: fora do horário de pico, há desconto na passagem). O cartão não é pago, mas existe um valor mínimo de AUD10 na carga – que serão gastos rapidamente, acredite.
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Abertura de conta no banco: Processo simples que, inclusive, pode ser feito ainda do Brasil, mas vamos considerar que, assim como eu, você deixou para concluir essa etapa em solo australiano. Basicamente, você vai precisar do seu passaporte e de, pelo menos, AUD50 para depositar na conta. Existem diferentes bancos aqui na Austrália, assim como no Brasil, mas um dos mais populares é o Commonwealth, acredito que pela facilidade e baixas tarifas. Basicamente, basta se dirigir a uma agência com seu passaporte em mãos e informar que deseja abrir uma conta. Sendo seu visto de estudante, você não pagará nenhuma taxa, e o processo de abertura, como já pontuei, é bem rapidinho. O cartão chegará em seu endereço de correspondência (que pode ser sua casa ou sua agência de intercâmbio, se tiver filial aqui em Sydney) em alguns dias, e dai é só partir pro abraço e para as compras! Hehehehe, brincadeirinha!
*Um ponto importante sobre esse processo: Você tem direito a uma conta poupança vinculada a essa conta corrente, e eu recomendo fortemente que a utilize. Vamos entender o porquê: aqui na Austrália, não precisamos digitar senha do cartão para transações de até AUD100, basta aproximar o cartão da máquina que a transação é feita. Entretanto, o débito é efetuado apenas na conta corrente, e por isto recomenda-se deixar a maior parte do dinheiro na poupança, transferindo para a corrente aos poucos, conforme necessidade, entendem? O ponto é, se você perder o seu cartão, quem encontrar poderá fazer várias compras com o seu suado dinheirinho, e ninguém quer isso, não é mesmo? Portanto, não vamos bobear!
Chip para celular: Sendo bem sincera, esse seria meu top 1 da lista de prioridades, mas é necessário ter conta no banco para adquirir um plano de telefonia móvel e ter o Opal para chegar até alguma loja, então tive que deixar esse como terceiro tópico. Ainda existe alguém que viva sem celular nesse mundo? Rs… Enfim, como fazer? A operadora que recomendo é a Vodafone, por ter um bom custo-benefício. De tempos em tempos, eles mudam os planos e promoções, mas os valores permanecem, em média, os mesmos. Atualmente, um plano de 40GB de internet custa AUD40 por mês, o que considero um valor muito bom (no Brasil, um plano similar custa cerca de R$400). Novamente, basta ir até a loja com seu passaporte e dados bancários em mãos, escolher o plano desejado e efetuar a compra. Leva uns 15 minutos, e você sai com o chip em mãos!
TFN / ABN: TFN, ou Tax File Number, é o documento necessário para trabalhar aqui na Austrália, como se fosse o seu PIS ou CPF. Caso você vá prestar serviços como autônomo (ou Pessoa Jurídica, como falamos no Brasil), você vai precisar de um ABN, Australian Business Number. Ambos podem ser feitos online, a partir do preenchimento de um formulário e são gratuitos. Para saber mais informações sobre esses pontos, volte duas casas e confira o texto que postei em julho clicando aqui.
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Com os pontos acima, você terá seu kit de sobrevivência básico para o recém-chegado. Com o tempo, é claro, poderão ser acrescentados novos itens, como a carteira de identidade australiana, para não correr o risco de perder seu passaporte, a carteira de motorista australiana, caso você vá ficar por aqui um tempo maior e pense em dirigir, melhores opções de bairros para morar e tantas outras coisas que vamos aprendendo. Minha grande lição até o momento é conseguir viver um dia de cada vez. Falo pela Austrália, que é o país onde estou no momento, mas acredito que a realidade não seja muito diferente para outros lugares: viver fora do seu país de origem é ótimo, mas não é fácil. A vida vira de cabeça para baixo, e tudo muda o tempo inteiro, é bem intenso. Então o mais importante é termos a cabeça aberta e trabalharmos a ansiedade (respira, inspira e não pira), porque se tem uma coisa que é verdade é que, no fim, tudo dá certo!