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    Home»Imigração»Como as mulheres imigrantes lidam com a tristeza inicial
    Imigração

    Como as mulheres imigrantes lidam com a tristeza inicial

    Júlia LainettiBy Júlia LainettiSeptember 30, 2017Updated:March 4, 201813 Comments7 Mins Read
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    As histórias de mulheres imigrantes podem mudar um pouco na forma em que começam: algumas são pelo desejo de conhecer outras culturas; outras conseguem uma oportunidade de trabalho em outro país; já outras vão por conta de uma oportunidade de trabalho do cônjuge que as faz pensar que, talvez, possa ser uma oportunidade legal para si e, quem sabe, para a família; enquanto outras tantas resolvem estudar.

    Aqui no BPM, com certeza, devem existir as mais variadas histórias por trás da mudança de país (ou do desejo da mudança), mas uma coisa eu tenho certeza de que todas as histórias têm em comum: os dias difíceis.

    Eu sei, eu sei, não é legal falar deles, isso faz com que a gente repense a escolha e acaba passando pela nossa cabeça: “por que raios eu larguei tudo e resolvi me arriscar?!”.

    Mas, calma! Precisamos conversar sobre o difícil e o complicado para que possamos encontrar o que nos incomoda, para que possamos aliviar essa carga e para que possamos fazer as pazes com aquilo que tira o nosso sossego.

    Ser imigrante, sem dúvida alguma, é encarar todo dia alguma coisa nova; é dar a cara pro desconhecido; é se debater com burocracias quase indecifráveis; é ver os planos saírem do controle.

    É também, muitas vezes, ouvir que, se estamos no exterior, a vida deve ser uma maravilha; que estamos exagerando, pois, afinal de contas, a vida no Brasil “é muito pior”. Já em outros casos, se nos preocupamos com entes queridos que ficaram, é se sentir culpada por não estar lá ou, até mesmo, ouvir isso das pessoas que amamos.

    É sofrer sem, nem sempre, ter coragem de dividir isso com alguém, beirando a vergonha, pois, com frequência, nos sentimos ingratas por tudo aquilo que temos.

    Acho que, como mulheres, já temos aquela coisa de sermos “super-heroínas” e vejo que, dependendo da situação, essa característica acaba se aflorando ainda mais! E, sem dúvida, quando moramos fora, esse nosso lado praticamente grita!

    Se, por um lado, isso é ótimo e nos permite descobrir características nossas que nem imaginávamos, temos que tomar cuidado para não levarmos isso ao extremo e acabarmos nos vendo como mulheres que são, praticamente, infalíveis, que não podem parar, respirar, pensar, precisar de ajuda e, até mesmo, ficar tristes.

    Por mais difícil que seja aceitar, a tristeza faz parte da vida e poder olhar pra ela significa se permitir a ver aquilo que nos faz bem e o que não faz; as situações que nos trazem algo de bom e as que não; os momentos que damos conta sozinhas e aqueles que precisamos pedir ajuda.

    A verdade é que assumir aquilo que incomoda, deixa a situação mais leve. Assim como esconder algo que está sujo não vai fazer com que ele fique limpo, esconder os nossos sentimentos não vai fazer com que eles desapareçam.

    Muitos dizem que o tempo cura tudo, eu tenho as minhas ressalvas. Diariamente, vejo em meu trabalho pessoas chorando sobre situações que aconteceram há muitos anos, como se fosse ontem, pois aquilo que fica guardado continuará exatamente igual, ou vai se deteriorar. Acredito que, após darmos a devida atenção aos nossos sentimentos, com o tempo, eles podem, sim, ter uma nova posição na nossa vida e, apesar de não desaparecem, eles podem, sim, deixar de machucar.

    Pensando nisso, vamos falar algumas verdades que precisam ser ditas sobre mudança e vamos, de uma vez por todas, nos despir da ideia de que tudo são flores.

    Mudar é desconfortável, é desafiador, gastamos uma grana e, por mais que algumas de nós tenhamos o privilégio de ter familiares por perto, também pode ser uma experiência em que nos deparemos com a solidão. Às vezes, tudo o que queríamos era o colo de alguém que nos conhece há mais tempo ou tomar um café com aquela pessoa querida! Infelizmente, por mais que tenhamos feito promessas de não nos afastarmos, a verdade é que a rotina acaba dificultando os Skypes, as viagens e o tempo para atualizarmos as novidades.

    Aos poucos, a mudança deixa o status de quase férias e já não vemos tudo como novidade, ficamos com preguiça de ir a todos os festivais e parques e vemos que o dia a dia tem seus problemas. Muitas vezes o que queríamos era o conforto da cidade conhecida com as pessoas conhecidas e, por que não, os problemas conhecidos!?

    Durante essa experiência, podemos descobrir que os fantasmas que ao longo da vida conseguimos fugir, conseguem nos perseguir, não importa aonde estivermos e que, na nova vida, não existem mais lugares aonde a gente possa se esconder.

    Pode ser complicado perceber que, enquanto passamos por todo esse processo e vemos que a vida pode ser muito mais do que as picuinhas que afligem alguns relacionamentos, algumas pessoas que amamos continuam no mesmo lugar e para elas aquela vida é suficiente.

    Pode ser difícil passar por tudo isso, praticamente uma metamorfose, em que, sim, podemos nos transformar em lindas borboletas. Porém, algo que é preciso lembrar é que, ao contrário de borboletas, somos seres sociáveis e precisamos de companhia e ajuda para passarmos por situações como essas.

    Como psicóloga acredito em uma máxima: “a cura pela palavra”. Precisamos falar sobre nossos pensamentos, sentimentos, emoções e decepções. É um processo quase como se, através daquilo que colocamos para fora, permitíssemos que essas questões tomem um outro lugar na nossa vida, seja por exergá-las com um outra perspectiva ou seja por, ao nos escutarmos, percebermos detalhes que antes passavam despercebidos.

    Apesar da minha profissão, não vejo esse falar que cura somente com um profissional, mas também, vejo muita importância no falar com aqueles que amamos! As palavras constroem pontes e, ao nos abrirmos com aqueles que amamos, temos a oportunidade de construir um relacionamento mais íntimo, podemos trocar experiências e podemos ver que não somos as únicas que passamos por dificuldades – o que é libertador!

    É importante percebermos que os outros também passam por situações difíceis. Em uma era em que só vemos a perfeição através das redes sociais, é preciso vermos que aqueles que amamos também sofrem e passam por situações difíceis e que podemos ajudar uns aos outros, nem que seja oferecendo um ombro amigo – o que, vamos combinar, vale muito, mas muito mais do que bens materiais!

    Procurando por psicólogas brasileiras pelo mundo?

    Para concluir esse texto, quero te deixar uma dica: quando os dias difíceis vierem, olhe pra eles, quando a tristeza bater, converse com ela e, quem sabe, a leve pra passear! Faça algo que você goste, lembre-se das coisas boas que te fazem sorrir!

    Mas, se mesmo com essas dicas, você percebe que talvez seja interessante a ajuda de uma profissional, pois as tristezas, preocupações e angústias insistem em te abater, não deixe de buscar ajuda! Eu faço parte do time das psicólogas do Brasileiras pelo Mundo e você pode entrar em contato comigo pelo meu site Psicologia Descomplicada ou pela página do Facebook. Buscar ajuda é sinal de amor consigo mesmo, mesmo que a tendência seja se fechar, faça algo por você e permita que os momentos difíceis possam te ensinar algo de bom!

    Lembre-se de uma coisa: por não ser a vida feita só de momentos bons, não quer dizer que você não esteja indo bem!

    Ps.: Na foto desse post coloquei a imagem do meu chaveiro da personagem “Tristeza”, do filme “Divertidamente” (Inside Out). Se você ainda não viu, indico 1000 vezes! É um filme para a família toda, que nos permite ver a importância das nossas emoções.

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    Júlia Lainetti
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    Júlia nasceu em São Paulo, morou alguns anos em Curitiba, passou pela Suécia, por Montpellier, e atualmente mora em Lyon na França, de onde segue tentando aproveitar da melhor maneira as oportunidades que a vida lhe proporciona e tentando fazer a vida dos outros um pouquinho melhor! Adora gastronomia francesa, ama viajar e tirar fotos e obviamente sente saudades do Brasil. Atende em consultório presencial como Psicanalista e também online. Adora escrever sobre a vida, refletindo sobre as dores e as delícias da existência e principalmente sobre as vivências do imigrante em seu instagram @psijulia.lainetti. Formada em Psicologia e Recursos Humanos no Brasil, fez também uma formação em atendimento a imigrantes na Universidade Paris 7 e atualmente segue com o Mestrado em Psicanálise na Universidade Paul Valéry.

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    13 Comments

    1. Tereza Braga on October 2, 2017 3:11 pm

      Muito obrigada, que artigo sincero e genuíno. Coisa rara. Foi consolo e incentivo. Um amigo achou e postou em nossa lista de Brasileiros em Dallas no Facebook. Continue seu ótimo e consolador trabalho.

      Reply
      • Júlia Lainetti on October 2, 2017 8:02 pm

        Oi Tereza! Muito obrigada pelo comentário! Fico muito feliz de receber esse feedback! Precisando de alguma coisa, estou a disposição! 😉

        Reply
    2. Christina on October 2, 2017 10:22 pm

      Seu texto chegou até mim em boa hora, parabéns e obrigada!

      Reply
      • Júlia Lainetti on October 2, 2017 10:24 pm

        Christina, obrigada pelo seu comentário! Espero que esteja tudo bem com você! 😉

        Reply
    3. Mônica on October 17, 2017 7:08 pm

      Adorei obrigada?

      Reply
      • Júlia Lainetti on October 17, 2017 7:13 pm

        Obrigada a você pelo comentário ❤

        Reply
    4. Aline Vieira on November 16, 2017 5:29 pm

      Ótimo texto, o início não é nada fácil e às vezes, me pego com aquela vontade de voltar. Os dias de tristeza são difíceis porque, é como vc colocou no texto, algumas pessoas não entendem essa tristeza acha besteira, frescura que por estar fora do Brasil tudo é “divino e maravilhoso”. Enfim, obrigada pelo texto.

      Reply
    5. Simone Videira on February 4, 2018 12:32 am

      Seu texto foi um alívio para mim. Se encaixou em 100% no que estou vivendo!

      Reply
      • Júlia Lainetti on April 11, 2018 7:04 pm

        Olá Simone!Espero que aos poucos as coisas possam ir melhorando!
        Fico a disposição no que eu puder te ajudar! 🙂

        Reply
    6. Leidiani on April 11, 2018 6:59 pm

      Obrigada pelas palavras, eu estava precisando ler algo do tipo. Me mudei para a Alemanha com meu marido e confesso que a adaptação esta um tanto dolorosa. Eu sempre fui feliz no meu Brasil e cada dia que passo sinto mais saudades e mais amor pelo Brasil.Como vc mencionou no texto, é dificil falar sobre isso, parece ingratidão, como se tudo fosse só flores e paisagens bonitas. Mas infelizmente falta alguma coisa, que eu ainda não sei ao certo oq é. Mas pretendo descobrir.

      Reply
      • Júlia Lainetti on April 11, 2018 7:03 pm

        Olá Leidiane!
        Espero que as coisas possam ficar mais leves e tranquilas! Fico a disposição no que eu puder te ajudar 🙂

        Reply
    7. Pingback: Comunidade de origem e o limite da convivência na expatriação

    8. Simone Souza on August 27, 2018 7:27 am

      Obrigada pelo excelente texto e pela dica do filme.
      Muito bom.

      Reply

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