Facebook Twitter Instagram
    BrasileirasPeloMundo.com
    • Home
    • Sobre o BPM
      • Time do BPM
      • Autoras
      • Contato
      • Na Mídia
      • Blogs
    • Colabore
    • Custo de Vida
      • Quanto custa
      • Cheguei e agora?
      • Custo de Vida Pelo Mundo
    • Países
      • Alemanha
      • Austrália
      • Áustria
      • Canadá
      • EUA
      • Espanha
      • França
      • Inglaterra
      • Itália
      • Japão
      • Polônia
      • Portugal
      • Suécia
    • Mais
      • Dicas para viajar sozinha
      • Relacionamentos online
      • Turismo Pelo Mundo
      • Vistos
    • Intercâmbio
      • Intercâmbio pelo Mundo
    Facebook Instagram
    BrasileirasPeloMundo.com
    Home»A Mulher na Sociedade Pelo Mundo»Como é ser mulher no Japão
    A Mulher na Sociedade Pelo Mundo

    Como é ser mulher no Japão

    Juliana PlateroBy Juliana PlateroMarch 7, 2018Updated:May 17, 20184 Comments5 Mins Read
    Facebook Twitter Pinterest LinkedIn Tumblr Email
    Fonte: Pixabay
    Share
    Facebook Twitter LinkedIn Pinterest Email

    Como é ser mulher no Japão.

    Que o machismo está presente em todo lugar do mundo, já sabemos. Mas, infelizmente, no ano passado, o Japão caiu para o 114º lugar no ranking de Igualdade de Gênero do Fórum Econômico Mundial, dentre 144 países. Segundo o instituto que realizou a pesquisa, isso se dá por causa das diferenças gritantes entre homens e mulheres dentro dos setores econômico e da saúde. Já falei sobre machismo no Japão aqui, mas, hoje, vivendo há mais tempo em terras nipônicas, temo que tenho muito mais a acrescentar.

    Há 25 anos, a primeira lei japonesa de igualdade de gênero no trabalho entrou em voga. E o que isso mudou? Quase nada. Na fábrica onde eu estava trabalhando, por exemplo, as mulheres com posição de liderança são pouquíssimas, proporcionalmente. Mais de uma vez tive a minha fala ignorada ou diminuída. Uma das vezes, inclusive, dei uma sugestão de planilha para facilitar os pedidos de peças dentro da linha de produção. Não só fui ignorada, como cerca de duas semanas depois tive a minha própria ideia apresentada a mim, pela boca do meu chefe. Sim, apresentando a planilha como dele e, claro, sem me dar crédito algum. Sequer um parabéns, obrigado… nada!

    Nessa fábrica, homens e mulheres recebem o mesmo salário para exercer a mesma função, mas para o padrão japonês, o salário é bem baixo. E, infelizmente, não é exclusivo de lá: recentemente estive folheando cadernos de empregos e a diferença chega a ser gritante. Enquanto há vagas com a especificação “ambiente predominantemente feminino”, com salário próximo a 950 yenes por hora, sendo possível que homens se candidatem à vaga, há outras de “ambiente predominantemente masculino”, sendo altamente improvável que se permita a candidatura de mulheres, por 1500 yenes a hora.

    Leia sobre: Dá para morar no Japão sem saber japonês?

    Mas, tristemente, não há muito a quem atribuir a culpa. A própria sociedade ainda impõe barreiras para o sucesso profissional das mulheres, como dito nesta reportagem. Mais da metade das trabalhadoras japonesas só exercem a função por meio período, sendo essas as vagas mais restritas com relação a crescimento dentro das empresas, número de horas trabalhadas, etc. Isso se dá também pela crença cultural da sociedade japonesa de que a mulher deve cuidar da casa e dos filhos – e por isso, se trabalhar, só deve ser por meio período para conseguir conciliar as responsabilidades –, enquanto o homem trabalha fora e sustenta a casa.

    Segundo a matéria, apesar de existirem ministros que defendem que as mulheres ocupem pelo menos 30% de contratações para postos públicos, parte da responsabilidade sobre a sociedade machista também é do governo: os homens podem incluir suas esposas como dependentes na declaração de imposto de renda, desde que o salário delas não ultrapasse um milhão e três mil yenes (R$ 20.210,00 na cotação atual) ao ano, ou seja, se elas trabalhem em empregos de meio período. Além disso, há outros ministros que defendem que as mulheres façam parte dos cargos públicos, mas com carga horária reduzida, caso necessário. Não é preciso dizer que se as mulheres não fossem pressionadas pela jornada dupla e tivessem as funções de casa divididas, conseguiriam tranquilamente exercer a função a que foram contratadas.

    Contudo, é claro, ser mulher no Japão não é de todo mal. Para quem pensa em abdicar da carreira para dar total atenção à maternidade, por exemplo, o governo japonês dá todo o apoio necessário. A mãe recebe benefícios desde o pré-natal ao parto, e caso contribua com o seguro nacional de saúde, tem até retorno financeiro. Durante a infância da criança até os 15 anos, a mãe recebe do governo um auxílio em dinheiro para cada filho, depositado trimestralmente. Para as mamães solo ou viúvas, ou para mães de crianças portadoras de deficiência, há ainda outros subsídios que o governo proporciona.

    Talvez seja impressão minha, mas acredito que por causa da grande diferença salarial, as mulheres japonesas são as que mais buscam uma formação de ensino médio (que não é obrigatório aqui), técnico ou universitário. Explico: como para exercerem uma mesma função, elas ganham menos, os esforços se tornam ainda maiores para conseguirem ser independentes.

    Yuriko Koike, governadora de Tóquio. Fonte da imagem: foter.com

    Felizmente, o país não está retrocedendo sem uma pontinha de esperança: em 2016, Yuriko Koike, a primeira mulher eleita governadora de Tóquio, tomou posse aos 65 anos de idade e, em minha opinião, não poderia ser mais inspiradora. Fluente em inglês e árabe, com formação em sociologia, começou a conquistar seu espaço na televisão, entrevistando líderes mundiais (e foi, também, a primeira apresentadora feminina do “World Business Satelite”). Junto com o atual primeiro-ministro Abe, está entre as favoritas para assumir esta função – a mais importante dentro da política japonesa. As mulheres japonesas certamente têm em quem se inspirar!

    Leia também: 10 curiosidades sobre o Japão

    Acredito que a solução para o problema da desigualdade de gênero, do Japão e do mundo, está não só na mudança de atitude, mas na mudança de mentalidade. É preciso que a mulher reconheça o seu valor e sua independência e lute por ele; e que os homens reconheçam seus privilégios e colaborem com uma sociedade mais justa e igualitária.

    E nós, inspiradas por Yurikos, Malalas ou Chimamandas, vamos lutando, dia após dia, contra o machismo presente no mundo. É verdade que precisamos nos esforçar muito mais para conseguir menos; precisamos o tempo todo afirmar e reafirmar o nosso valor. Mas, felizmente, nós mulheres somos fortes e damos conta do recado. A mudança é por nossa conta. Luto é verbo! Avante!

    Um feliz mês da mulher!

    Textos relacionados

    • Expatriar e a busca por um propósito
    • Ena Ono, uma mulher destemida
    • Viajar e a alegoria da caverna
    • Custo de vida no Japão
    • O que fazer em Tóquio?
    • Ser um casal longe do Brasil
    Clique aqui para ler mais artigos da mesma autora
    diferenças de gênero japao mulher no Japão vida no Japão
    Share. Facebook Twitter Pinterest LinkedIn Tumblr Email
    Juliana Platero
    • Website

    Juliana é paulista, radialista e bailarina por formação, produtora e decoradora de eventos por profissão. É apaixonada por filmes, séries e viagens. Está no canal do YouTube Sushi e Juju pelo mundo e atualmente vive no Japão.

    Related Posts

    7 segredos sobre a dieta japonesa

    September 24, 2021

    O legado das Olimpíadas de Tóquio

    September 8, 2021

    10 curiosidades sobre as Olimpíadas de Tóquio

    August 4, 2021

    4 Comments

    1. Bruna on March 8, 2018 10:08 pm

      Que post mais lindo e completo! Amei *-*

      Reply
      • Juliana Platero on June 5, 2018 11:41 pm

        Obrigada 🙂

        Reply
    2. Flavio Augusto Ramos de Souza on March 16, 2018 3:57 pm

      Parabéns Ju
      Belo texto!

      Reply
      • Juliana Platero on June 5, 2018 11:40 pm

        Obrigada!!

        Reply

    Leave A Reply Cancel Reply

    This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.

    • Facebook
    • Instagram
    Polônia

    Dia de Finados na Polônia

    By Ann MoellerOctober 28, 20240

    Dia de Finados na Polônia O Dia de Finados é comemorado oficialmente pela Igreja Católica…

    Novas gírias e expressōes faladas nos Estados Unidos

    March 1, 2023

    Terremoto na Turquia

    February 10, 2023

    Natal em tempos de guerra

    December 21, 2022
    Categorias populares

    Green Card e Residência permanente após o casamento

    April 26, 2015

    Como morar legalmente na Espanha

    August 7, 2015

    Como estudar no Ensino Superior em Portugal

    August 14, 2014

    Como é morar em Santiago no Chile

    June 28, 2014

    Validação do diploma brasileiro nos EUA

    May 20, 2016

    Cinco razões para não morar na Dinamarca

    April 19, 2015

    É brasileiro e reside no exterior? A Receita Federal ainda lembra de você!

    February 9, 2017

    Passo-a-passo para fazer mestrado ou doutorado com tudo pago nos EUA

    March 2, 2016
    BrasileirasPeloMundo.com
    Facebook Instagram
    • Sobre o BPM
    • Autoras
    • Na Mídia
    • Anuncie
    • Contato
    • Aviso Legal
    • Política de privacidade
    • Links
    © 2012-2025 BrasileirasPeloMundo.com

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.