Gafes cometidas no exterior.
O que são gafes? Em uma simples explicação, gafes podem ser consideradas pequenas falhas ou vacilos causados sem intenção, cometidos em situações que até podemos achar natural, mas que, muitas vezes, podem levar e/ou causar certos desconfortos, desentendimentos ou, falando em um português mais claro, saias justas.
Como nós, brasileiros, somos considerados um povo alegre, simpático e expansivo, achamos que esse nosso jeito de ser pode ser compreendido ou bem aceito em qualquer lugar do mundo, quando, na verdade, não é bem assim. Muitas vezes as gafes são cometidas em situações das mais simples e corriqueiras e claro que não somente por brasileiros, mas, sinceramente, imagino que se houvesse algum ranking neste sentido, talvez ocuparíamos as primeiras posições neste quesito.
Pensando neste assunto, resolvi escrever este texto explicitando algumas situações que podem até ser consideradas clássicas. Abaixo, aponto algumas das gafes mais cometidas mundão afora e espero ajudá-los com algumas de minhas dicas.
- Filas: Este é um aspecto curioso. Todas, mas simplesmente todas as vezes em que estive em uma sala de embarque de aeroporto (nacional ou internacional), pude observar o desespero e a correria desnecessária que muitos passageiros (inclusive brasileiros) fazem para formar fila. De verdade, nunca entendi isso, porque se a pessoa está na sala de embarque significa que ela já fez seu check-in e, consequentemente, já tem sua poltrona marcada. Correr para formar fila, nesta situação, além de não fazer sentido, atrapalha o embarque daqueles que têm prioridade para entrar na aeronave e desrespeita regras básicas. Pode até não parecer, mas este tipo de atitude provoca desorganização e talvez atrasos que poderiam ser evitados. Dica: Mantenha a calma, tenha seu documento/passaporte e bilhete de embarque em mãos que o avião não decolará sem você, pode ter certeza! Assim, você faz sua parte e evita cometer esta gafe.
- Cumprimentos com beijos e abraços: A maneira que para nós, brasileiros, é natural para nos cumprimentarmos não significa que poderá ser utilizada ou será apreciada da mesma forma em qualquer lugar. Estrangeiros, de maneira geral, tendem a ser mais reservados. No Japão, Coreia e China, por exemplo, é comum as pessoas se curvarem para se cumprimentar; então, cumprimentos com beijinhos e abraços não cabem em tais locais. Na Alemanha, por exemplo, mede-se a distância de um braço estendido para cumprimentar a pessoa a quem se é apresentado, chegar mais perto que isso não é muito fino. Dica: Procure estudar um pouquinho sobre como cumprimentar as pessoas do país que vai visitar, porque uma das coisas mais desagradáveis é se sentir envergonhado ou ficar “no vácuo” neste tipo de situação.
- Pontualidade: Esse é um ponto no qual, em minha opinião, temos muito o que evoluir. No exterior, especialmente na Ásia, Europa e América do Norte, quando se tem um compromisso agendado para um horário, é aquele e acabou. Não adianta chegar atrasado, contanto histórias mirabolantes achando que todo mundo entenderá de boas, que isso não vai acontecer, muito pelo contrário. Chegar atrasado a um compromisso, exceto em situações catastróficas, demonstra desrespeito e desorganização, e os estrangeiros costumam se sentir aborrecidos (com razão) quando isso acontece. Dica: Procure se planejar, veja o tempo que levará para chegar ao local, calcule sair com alguma antecedência para evitar qualquer tipo de estresse relacionado a isso.
- Gorjeta: No Brasil, o hábito de pagar gorjeta é totalmente diferente do utilizado em muitos países, pois o comum, para nós, é pagar quando achamos que fomos bem atendidos em um bar ou restaurante, 10% do valor da conta. No entanto, em outros países a regra não funciona desta maneira e talvez por isso seja mais difícil para muitas pessoas entenderem essa dinâmica. Pagar gorjeta faz parte da cultura de vários lugares e esse tipo de pagamento não acontece somente em restaurantes, mas taxistas e funcionários de hotel, por exemplo, são alguns dos profissionais que devem receber gorjetas. Dica: Procure se informar sobre estas regras, pois os percentuais dados para gorjetas mudam de lugar para lugar e de acordo com o serviço prestado.
- Gestos e sinais: Esse é outro ponto ao qual devemos estar atentos, pois alguns gestos e sinais realizados por nós podem ter significados diferentes em outros locais. Quer ver um exemplo? O gesto usado para pedir carona com o polegar tem conotação sexual em países como Grécia e Turquia. Imagine estar na rua em algum destes lugares e tentar parar um táxi desta maneira. Dependendo da situação, é confusão na certa. Dica: Pesquise bem sobre estes detalhes, um desconhecimento desta natureza pode causar grandes chateações.
- Fotografias: Faz parte de qualquer viagem, certo? Sim, mas devemos tomar alguns cuidados. É comum visualizarmos indicações que proíbem visitantes de fotografar alguns espaços em museus ou igrejas, por exemplo, com o intuito de preservar o edifício ou obras que estejam expostas. Porém, é comum, em espaços como os mencionados, observarmos gente que percebe a distração ou ausência do vigilante para dar uma de espertão e sair fotografando tudo que não deveria. Outra situação que chega a ser chata é estar num lugar considerado diferente ou exótico e o visitante simplesmente sair fotografando nativos sem pedir autorização. Agir desta maneira demonstra enorme deselegância e uma falta de educação sem tamanho. Dica: Nada contra tirar fotos, mas nos dois casos mencionados, a regra básica é a do respeito. Se for fotografar uma pessoa, deve-se minimamente perguntar se ela gostaria de ser fotografada. No caso de um museu ou igreja, acredito que, se há alguma indicação solicitando para não fotografar, isso demonstra claramente cuidado e interesse pela preservação da obra ou edifício. Nestes casos, meu conselho é: fotografe com os olhos e aprecie o momento.
Gafes são cometidas a todos os momentos, mas acho que poderiam ser evitadas se o viajante pesquisasse um pouco sobre alguns dos aspectos culturais do local que foi visitar. É claro que muitas situações podem se tornar engraçadas, e até aprendemos com elas, mas outras tantas podem ser bem desagradáveis. Se por um acaso você cometer alguma gafe, peça desculpas e siga em frente. Não deixe que este tipo de situação estrague sua viagem, afinal, o importante é ser feliz!
4 Comments
Liliane , nota 1.000 pra vc !!!!! ????
Obrigada pelo comentário Yra.
Fico feliz em saber que gostou 🙂
Bjs,
Liliane
Ola Liliane! Muito interessante o seu posto mas preciso discordar do seu primeiro ponto.
Eu sou uma das pessoas que fazem fila para embarcar porque pelo seguinte motivo: empresas aéreas hoje em dia cobram para despachar bagagem e muitos levam bagagens de mão – mesmo que não obedeça as regras de tamanho. Moral da história dependendo do tipo de avião não há espaço para todas as malas e sempre tem passageiros que colocam pequenos objetos nos maleiros então eu entro na fila cedo sim para garantir que a minha mala vai estar próxima do meu assento principalmente porque carrego medicamentos comigo. Atrasos ocorrem quando as pessoas tentam achar espaço para malas ou então as aeromoça precisam fazer check in na cabine por falta de espaço – assim você não paga pelo despacho da mala. Já tive voo atrasado por meia hora porque haviam 5 violinos para serem guardados no bagageiro e não havia mais espaço.
Olá Eliana!
Tudo bem?
Então, meu objetivo neste texto foi de dar algumas “dicas” para que as pessoas passassem a pesquisar sobre detalhes e/ou situações que poderiam ser evitadas em viagens especialmente internacionais.
Você já passou por algumas experiências para transportar suas malas e entendo até certo ponto, mas realmente acho que quanto menos coisas levarmos conosco é melhor.
Escrevi um texto falando sobre dicas de como organizar e o que levar na mala que te mando no link abaixo:
https://brasileiraspelomundo.com/brasil-dicas-de-viagem-como-organizar-e-o-que-levar-na-mala-291641718
Quando puder, dê uma olhada neste texto.
Espero que ajude 🙂
Obrigada pela mensagem!
Bjs,
Liliane