O post extraordinário de hoje é em homenagem à alta estação de turismo aqui em Copenhague, na qual pessoas do mundo todo vêm desfrutar deste cálido verão com seus 13 a 16 graus, muita nebulosidade e um ventinho que entra por todos os poros da sua pele, aproveitando a oportunidade que só a Dinamarca lhe dá de pagar 20 reais por um café aguado. Como toda semana presto consultoria ad hoc em termos de turismo – acabei de inventar esse título para descrever a minha atividade rotineira de ciceronear colegas de trabalho de outros países aqui- , resolvi compilar todas as dicas em um guia sucinto e prático. O objetivo é fornecer dicas básicas para a sua viagem, mas certamente Copenhague oferece muito mais do que eu poderia descrever.
Transporte
Do aeroporto para Copenhague: a corrida de táxi é tão cara que devia até ser ofertada como vale-presente em ocasiões festivas, com um bilhete dizendo: “Parabéns pelo casamento… A gente fez uma vaquinha entre o pessoal da empresa pra dar pra vocês essa corrida de táxi”. Então, a melhor alternativa é pegar o metrô, que pára na porta do aeroporto, até uma estação mais central, como Nørreport. Se você tiver uma bagagem de tamanho razoável e não estiver carregando um cadáver ou sua coleção de fósseis na mala, vale a pena seguir caminho no transporte público até o destino final; caso contrário, pare na estação mais próxima de seu destino final e pegue um táxi lá.
Dentro de Copenhague e arredores: o transporte público costuma ser eficiente e pontual, e você pode optar pelo metrô, tog (trem) S-tog (trem de superfície) ou ônibus.
Atenção: compre sua passagem no quiosque da DSB, localizado no hall do aeroporto. Não é mais possível comprar dentro do metrô ou trem e as multas são salgadas – 750 coroas pra quem estiver sem bilhete. Leia mais sobre os diferentes tipos de bilhetes clicando aqui.
Para o dia a dia, e se sua intenção for ficar pelas áreas mais centrais de Copenhague, recomendo alugar uma bicicleta através de sites como Bicyklen ou Bike Rental – Baisikeli.
Dica: use e abuse do aplicativo Rejseplanen para planejar seus trajetos de transporte público.
Para saber mais sobre o sistema de transporte dinamarquês, leia o texto da Cristiane que fala a respeito.
Alimentação
Se algum dia um extraterrestre desavisado pousar sua nave em Copenhague, certamente pensará que kebab é o prato típico dinamarquês, dada a miríade de estabelecimentos com nomes criativos que ocupam a cidade (“Kebabiztan” é uma pérola da nomenclatura). A verdade é que, para o viajante com orçamento apertado, eles são uma boa alternativa, assim como o “pølsevogn”, típico carrinho de cachorro-quente presente em todo os cantos da cidade. Aqui vai minha lista de coisas que você deve experimentar quando estiver aqui:
- As maravilhosas cervejas dinamarquesas: se seu roteiro possui restrições orçamentárias, dê um pulo no supermercado e compre uma garrafa da premiada Fynsk Forår ou, para os mais ousados, da Ginger and Raspberry beer, ambas da cervejaria Ørbæk. Se sobrarem uns trocos no orçamento da viagem, dê um pulo no bar da cervejaria Mikkeller ou na cervejaria Nørrebro Bryghus, que contam com ampla variedade de cervejas artesanais de qualidade. Já provei uma considerável amostra de ambos os estabelecimentos apenas com o intuito de melhor servir a vocês, queridos leitores e leitoras.
- Os pratos típicos: quem já leu meus posts passados sabe que eu sou um pouco reticente com a cozinha nórdica. Contudo, existem certas iguarias que merecem minha devo(ra)ção, como o flødeboller, um delicioso merengue coberto por chocolate em suas mais inventivas variações (lembra da “nhá benta” do Brasil? Pois aqui está o original), o smørrebrød, um sanduíche aberto que é perfeito para um almoço leve (sugiro SEMPRE o de rosbife), as tortinhas de morangos que se insinuam pra mim nas vitrines de padarias o verão inteiro, e o gulerødkage, um bolo de cenoura sem igual. Há um magnífico mercado central em Copenhague, chamado Torverhallerne, perto da estação Nørreport, no qual você encontra estas e muitas outras delícias. A franquia Lagkagehuset também oferece incontáveis variações no área da panificação engordativa, e os restaurantes Puk e Øl & Brød oferecem pratos dinamarqueses a um preço aceitável.
Dica: através do aplicativo EarlyBird, você pode reservar restaurantes no mesmo dia e obter 33% de desconto.
Turistando:
Há lugares imperdíveis e outros, nem tanto. Se você quer conhecer a cidade gastando quase nada, recomendo que você vá até a estação Nørreport e, de lá, visite Toverhallerne, o mercado central de Copenhague; se tiver tempo, estique um pouco a caminhada até os lagos.
Ali perto você também encontra o Jardim Botânico, que tem entrada gratuita, e os belos jardins do castelo Rosenborg. Caminhe por entre as ruas centenárias do centro da cidade e especialmente em Strøget, a maior rua pedonal do mundo, cheia de charme e de lojas que me fazem comprar o que eu não preciso com o dinheiro que não tenho. O Museu Nacional, localizado também no centro, tem entrada gratuita e merece uma visita, assim como Nyhavn, o icônico porto com seus edifícios coloridos, um lugar perfeito para um happy hour.Ali por perto você também pode caminhar rumo à Amalienborg, residência da rainha, e, em seguida, visitar a estátua da Pequena Sereia – pequena e decepcionante sereia, diria eu.
Para quem pode gastar um pouco, sugiro uma ida ao Tivoli, centenário e encantador parque de diversões que inspirou Walt Disney, localizado também no centro. A Glyptotek é um imponente e belíssimo museu ao lado do parque, e um dos passeios que eu mais recomendo aos amantes da arte e da história. Um pouco mais para fora da cidade, na parada Kastrup do metrô, você encontra Den Blå Planet, um dos maiores aquários da Europa.
Se você tiver um pouco de tempo, recomendo tirar um dia para também visitar Hillerød, uma linda e típica cidadezinha dinamarquesa a cerca de 40 minutos de trem de Copenhague na qual você poderá admirar o imponente castelo de Frederiksborg e seus belíssimos jardins, e Hensingør, na qual você pode pegar uma barca e ir visitar Helsingborg, na Suécia, além de conhecer Kronborg, castelo que inspirou a obra Hamlet, de Shakespeare. O famoso museu Louisiana é igualmente merecedor de uma miniexcursão de um dia; é um lugar tão lindo que me faz até apreciar arte moderna (sou meio lenta pra certas coisas).
Há muito mais a descobrir em Copenhague e espero ler os relatos de vocês por aqui me contando o que mais vocês descobriram pela capital nórdica. Beijos e até a próxima!
26 Comments
Adorei seu guia- prático de Copenhague. Está de parabéns!;)
Oi Lucia! Muito obrigada!!! É uma pequena contribuição pro pessoal não ficar na mão quando vem pra cá 🙂 Beijos!
Olá, que bacana!
Eu estive na Dinamarca em 2013, amei Copenhague, fiz aquele belíssimo passeio de barco pelo Nyhavn, também estive no Tivolé e no Aquário. Conheci também a cidade de Ribe, linda e bem antiga muito charmosa e a ilha de Fano (meu teclado não sai em dinamarquês rsrsrs) Fiquei hospedada em Esbjerg, minha irmã mora lá, essa minha ida pra lá foi para o casamento dela, ela se casou em Ribe nessa cidadezinha charmosa que te falei. ????Voltarei em Dezembro, pois ela está grávida de gêmeas e ganha em Dezembro. ???????????????? Vou tentar seguir algumas dicas aqui de coisas que não deu pra fazer. ObrigadA pelas dicas. ????
Oi Viviane,
Muito obrigada pelo comentário:) Infelizmente, ainda não conheço Ribe, mas está na minha lista:) Que bom que você vem em dezembro: é uma época muito bonita também, com a decoração de natal, os mercadinhos natalinos,etc. Mais perto do inverno daqui eu escreverei sobre “turismo abaixo de zero” 🙂 Abraços!
Oi Camila. Muito legal seu post. Estou me mudando pra Dinamarca sozinha e o blog tem ajudado muito.
Oi Karina, que bom saber que os textos estão ajudando 🙂 Dê uma olhada também nos textos da Cris, que são super informativos. Beijos e boa semana!
Vc me indicaria um (a) guia turístico em Copenhague falando português para passeios com 6 passageiras durante 2 dias no ano que vem ?
Obrigada
Maria Alice Bourdon / Bourdon Viagens
Maringá/ PR
Oi Maria Alice, tudo bem?
Eu super recomendo a Renata Kristensen. Você pode entrar em contato pelo email kristensenrenata@gmail.com
Espero vê-la por aqui 😀
Camila, voce tem o numero de tfn da Renata – guia local ? Obrigada pelo retorno. Helena
Camila, gostei do seu post. Eu e minha esposa estamos querendo ir a Copenhague em maio de 2018 e vamos seguir suas sugestões. Prevemos passar 2 dias na cidade. Voce acha que em 2 dias se consegue ter um conhecimento dos principais pontos de interesse desta linda cidade?
Gostaria tambem da indicação de um guia que falasse portugues para nos acompanhar. voce indicaria alguem?
Obrigado
Aurélio Viero
Olá Camila. Ótimas dicas.
Por acaso você não tem alguma indicação de guia em Copenhague que fala português? É que meus país vão fazer um cruzeiro de travessia começo do ano que que vem e nenhum dois dois fala outra língua além do português.
Oi Marcia, a Camila parou de colaborar. Eu também sou colunista da Dinamarca e posso indicar guia brasileira para visita em Copenhague.
O nome da guia é Luciana Bazzo, tel. +45 3134 3036. Os preços que ela cobra são os preços de guia autorizado e certificado – ela tem certificação.
Boa viagem a seus pais.
oi Marcia também farei a travessia ano que vem. qual o navio que seus pais irão pegar. quem sabe não contratamos uma guia em conjunto. Estamos em quatro pessoas. Nosso navio é MSc Poesia. Destino final em Warnemunde.
E Cristiane, obrigada pela dica.
Oi Gianna .
Por acaso resolvi reler este posto e vi seu comentário.
O Navio é este mesmo.
O contato da minha mãe é :
luciapradovieira@hotmail.com.
Se vc quiser pode entrar em contato com ela por e-mail.
Oi Gianna, o Navio é o mesmo.
O Contato da minha mãe é luciapradovieira@hotmail.com.
Vocês poderiam conversar sobre a viagem.
Ei meu é marciainezvieira1965@gmail.com
Olá Vivian,
A Camila Vicenci Witt parou de colaborar conosco, mas temos outra colunista na Dinamarca chamada Cristiane Leme que talvez possa te ajudar.
Você pode entrar em contato com ela deixando um comentário em um dos textos publicados mais recentemente no site.
Obrigada,
Edição BPM
Olá Vivian,
A Camila Vicenci Witt parou de colaborar conosco, mas temos outra colunista na Dinamarca chamada Cristiane Leme que talvez possa te ajudar
Você pode entrar em contato com ela deixando um comentário em um dos textos publicados mais recentemente no site.
Obrigada,
Edição BPM
Olá Camila estou indo para Copenhagen no dia 9 de abril com minha esposa e estou precisando de um guia aí. Você faz esse trabalho ou tem como me recomendar ?
Desde já fico muito grato.
Olá Heber,
A Camila Vicenci Witt parou de colaborar conosco, mas temos outra colunista na Dinamarca chamada Cristiane Leme que talvez possa te ajudar.
Você pode entrar em contato com ela deixando um comentário em um dos textos publicados mais recentemente no site.
Obrigada,
Edição BPM
Heber, conheço guias brasileiras que posso recomendar. Escreva-me se ainda tiver interesse.
Cristiane,
Boa tarde, quero indicação de guia em português para copenhagen, Qual o email falo com vc?
Ola Cristiane, tenho uma agencia de viagens e estou procurando guias em Copenhagem se puder me passar alguns contatos agradeço
Cristiane,
Preciso de uma guia em Copenhagem dia 07/09/2019. Pode me indicar alguém ?
Meu email : anapaula@novalianca.com.br
Indico a Luciana Bazzo, Conversar com +45 31 34 30 36
Oi Cristiane,
Estava procurando um guia brasileiro em Copenhagem e li os comentários.
Chego em Copenhagem pelo navio Regal Princess dia 01/06/2019.
O navio atraca as 5:00 e sai as 18:00.
Ficaria grata se me indicasse um guia para conhecermos a cidade . Somos duas amigas.
Desde já agradeço a atenção,
Aguardo
Wilma
Olá, Gostaria de fazer um tour de 4 horas caminhando em Copenhagen no dia 14 ou 15/04/22, vc teria disponibilidade?