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    Home»EUA»Connecticut»Imigrantes e relacionamentos tóxicos
    Connecticut

    Imigrantes e relacionamentos tóxicos

    Cecília BaileyBy Cecília BaileyOctober 14, 2017Updated:October 14, 20173 Comments6 Mins Read
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    Fonte: Pixabay.com
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    Em minhas últimas colunas, eu falei muito sobre relacionamentos felizes e o que fazer para alcançá-los, mas, recentemente, eu também tenho respondido a algumas perguntas sobre relacionamentos tóxicos. Infelizmente, algumas pessoas se pegam vivendo este tipo de relacionamento e não sabem como sair dele. Em casos de casamentos multiculturais isto se complica ainda mais, principalmente se a mulher estiver morando fora de seu país. Por desconhecer os seus direitos e as leis e por não ter uma rede de apoio (família e amigos), a mulher acaba se submetendo a situações inaceitáveis.

    Antes de mais nada eu quero definir o que é um relacionamento tóxico, pois diferentemente do que muitos pensam, o relacionamento tóxico não é apenas aquele em que há abuso físico. Na maioria das vezes a base do relacionamento tóxico é o abuso emocional. E este abuso emocional muitas vezes demora a ser percebido. O algoz vai minando a autoestima da vítima aos poucos e, quando ela finalmente percebe o que está acontecendo, ela já esta tão envolvida que não consegue enxergar uma saída. Estas mulheres, quando enxergam os defeitos nos maridos, acham que irão mudá-los. E sim, eu os trato como algoz e vítima porque acho importantíssimo deixar claro que a mulher está sofrendo com a ação do outro.

    Muitas situações de abuso começam com as seguintes características:

    • Desvalorização da parceira;
    • Começar com ofensas e críticas constantes;
    • Criar situações para causar um mal-estar;
    • Deixar de valorizar as necessidades da parceira;
    • Agir de maneira egoísta e grosseira;
    • Excesso de ciúmes jogando a culpa na parceira;
    • Discutir sem se comunicar;
    • Agir de maneira passiva-agressiva;
    • Evitar a parceira;
    • Minar a autoestima da parceira;
    • Exercer controle total sobre as finanças.

    Quando a mulher passa a ser tratada como descrito acima, a primeira coisa que ela faz é começar a duvidar dela mesma. A pessoa irá perder a autoestima, começará a achar que não faz nada certo, passará a pensar somente em como fazer o parceiro feliz se anulando, passará a acreditar que tudo é culpa sua e passa a viver cercada de muita energia negativa. Também sentirá vergonha de se abrir para as amigas e contar o quanto está sofrendo. E o pior, a pessoa se volta ao passado, pensando constantemente que tudo irá voltar a ser como no início do relacionamento em vez de olhar para o futuro. E, finalmente, se dá conta de que não é mais uma pessoa feliz.

    É tão difícil a pessoa se dar conta de que um relacionamento que começou bem, com amor e encantamento se transformou em algo tão feio e que a faz sofrer tanto. Que aquele homem maravilhoso é na verdade um ser narcisista, controlador, anti-social. Como pode aquele homem que a colocava em um pedestal de repente passar a te fazer sentir como se você fosse a pior pessoa do mundo? Como ele pode ser tão cruel com você? E como você pode continuar amando tanto ele? Como você pode continuar com esperança de que ele irá mudar? Não, você não vai conseguir muda-lo. Não é por falta de amor que ele age assim.

    Então o que você pode fazer para sair desta situação? Porque assim como você entrou nela, você também pode sair.

    Primeiro, sair da situação de vítima e assumir a sua parte de responsabilidade por se encontrar nesta situação. Segundo, começar a se fortalecer e elevar a sua autoestima. Não, você não é o lixo que ele diz que você é; se fosse, ele não teria se apaixonado por você. Terceiro, procurar ajuda. Você não tem que ter vergonha da situação. Não foi você quem começou a tratar mal o outro. Tem muitas pessoas da sua família, amigos e terapeutas dispostos a te ajudar, mas cabe a você pedir esta ajuda. Você pode não acreditar, mas sua família e seus amigos mais íntimos estão percebendo que há algo errado. Eles percebem quando estamos infelizes mesmo a distância. Quarto, consulte um advogado. A sua conversa com o advogado é confidencial e vai ser muito esclarecedora. A maioria dos advogados não cobram a primeira consulta. O advogado também irá te ajudar na produção de provas.

    Óbvio que não é nada fácil tomar as atitudes acima. O melhor e mais público exemplo da dificuldade de sair de um relacionamento abusivo foi, na minha opinião, o divórcio da Katie Holmes com o Tom Cruise. A Katie estava em um relacionamento onde, além do marido ser abusivo, ela vivia sobre abuso da “Igreja” deles, a Cientologia. De acordo com a doutrina deles, se ela não orquestrasse o divórcio antes da filha alcançar a idade de ser doutrinada, ela perderia a guarda da filha, pois seria considerada uma pessoa supressiva, assim como aconteceu com a Nicole Kidman, quando se separou de Tom Cruise. A Kate Holmes contou com um apoio importantíssimo, o do seu pai, que é advogado. Orquestrar este tipo de saída de um casamento abusivo não é nem um pouco fácil, mas é muito necessário.

    O desconhecimento da lei do país em que se mora dificulta muito a decisão da separação.

    Há sempre a dúvida sobre se você irá perder o seu visto e a guarda de seus filhos, pois os maridos, sabendo da sua ignorância da lei, usam isto como uma ameaça. A lei americana protege a mulher que está sofrendo de abuso doméstico. Quando há abuso físico, fica muito mais fácil comprovar a existência de violência doméstica perante a lei. Ligar para 911 depois de sofrer abusos é o ideal. Ir a um hospital se tratar também. Tirar fotos de hematomas causados pelo marido também são provas. O abuso psicológico é mais difícil de ser provado. Nem todos os Estados aceitam uma gravação, por exemplo, como prova de abuso, pois há Estados que proíbem a gravação de conversas sem consentimento da outra parte. Por isto é importante consultar um advogado para saber como produzir estas provas.

    A Lei de Imigração é uma Lei Federal garante o direito ao visto a pessoas que sofrem de violência doméstica, portanto não se preocupe em perder seu visto e ser expulsa do país. Há também diversas instituições que apoiam mulheres vítimas de violência doméstica e há também instituições que acolhem estas mulheres e seus filhos lhes dando um lar temporário e ajuda jurídica.

    Portanto, não perca as esperanças. Faça a sua pesquisa, se fortaleça e procure ajuda. Você merece ser feliz e viver uma vida melhor. Seus filhos também merecem uma vida melhor. Se você quer, você consegue. Você irá encontrar muitas outras pessoas que já passaram por esta situação, sobreviveram e hoje em dia vivem felizes.

    Estou deixando alguns links sobre a Lei de Imigração e instituições aonde você pode procurar ajuda.

    Lembre-se: Você não esta sozinha.

    Para saber mais:

    • Women Helping Women
    • National Domestic Violence Organizations

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    Cecília Bailey
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    Cecilia é carioca, formada em Direito e mora há 18 anos nos Estados Unidos (com um intervalo de 3 anos em São Paulo) com o marido, dois filhos, 2 cachorros e 2 gatas. Sempre foi aquela amiga que era procurada para dar conselhos sobre relacionamentos e em 2012 resolveu se especializar como Relationship Coach. Possui o canal Escolhendo a Felicidade no YouTube. Possui tambem o site ceciliabaileycoaching.com

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    3 Comments

    1. Elaine Dahle on October 15, 2017 3:42 pm

      Parabéns pelo post.

      Reply
      • Cecília Bailey on October 15, 2017 4:04 pm

        Obrigada, Elaine!

        Reply
    2. Torrrs on May 19, 2019 10:59 pm

      Todo mundo diz procure ajuda
      Mais onde e como ?
      Geralmente a metade dessas mulheres
      Não trabalha depende deles p tudo e são
      Presas em casa porque tem filhos pequenos.
      Eles usam e abusam disso.
      Se sentem seguros por isso

      Reply

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