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    Home»Nova Zelândia»Imigrantes, quem somos nós?
    Nova Zelândia

    Imigrantes, quem somos nós?

    Vanessa Coelho TrajanoBy Vanessa Coelho TrajanoOctober 25, 2017Updated:December 11, 20184 Comments6 Mins Read
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    Fonte: https://www.pexels.com
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    Migrar é um fenômeno tão antigo quanto a própria história da humanidade. Há milênios, grupos de pessoas e povos movem-se pelo mundo, impulsionados pelos mais diversos motivos, mas o fato é que sempre o fizeram.

    O ser humano sempre teve em si alguma inquietação que o levou a romper a barreira territorial e cultural. Os motivos são diversos, dependendo da época e do lugar, mas o fenômeno humano existente nessa “ruptura” é algo riquíssimo e transformador. Esse rompimento muitas vezes nos leva à ambivalência do novo versus conhecido, uma luta interna de preservação de alguns referenciais e a abertura e o mergulho em algo diferente.

    O brasileiro é a materialização de uma cultura de imigrantes que formaram algo único. Em nenhum outro país, diferentes povos misturaram-se tão profundamente para formar uma cultura própria. Somos a mistura do ingênuo e curioso índio que um dia recebeu os europeus, somos a mistura da cultura africana (que é contabilizada como o maior número de migrantes forçados da história mundial, a escravidão), somos a mistura dos europeus em busca de conquistas, somos os refugiados das guerras, pessoas que encontraram no solo brasileiro um lugar pra recomeçar.

    Leia também: tudo que você precisa saber para morar Nova Zelândia

    Muitos outros países foram colonizados, mas em nenhum outro lugar do mundo houve uma miscigenação como no Brasil. Apesar da tentativa de preservação da identidade de cada cultura, houve uma grande fusão, de cores, valores e costumes que hoje tem como maior símbolo, o próprio brasileiro.

    Esses foram os migrantes de outrora, movidos por uma força interior que os fizeram romper as barreiras territoriais e culturais, exceto os migrantes africanos e todos aqueles que o fizeram contra sua vontade, parte mais trágica e cruel da história. Apesar de triste e muito doloroso sabemos que a cultura afro coloriu e enriqueceu abundantemente a cultura brasileira.

    Quem são essas pessoas que continuam a mover-se mundo afora?

    Muitas pessoas continuam a mover-se pelo mundo, em pleno século 21. Os motivos continuam sendo diversos, dentre os mais preocupantes existem os refugiados de territórios dominados pela guerra e terror. Situações desumanas que despertam o medo e a tentativa de fuga de um contexto onde a vida não tem nenhum valor. Existem os migrantes que são impulsionados por convicções e busca de algo novo e melhor, existem outros muitos motivos individuais.

    Fonte: https://www.pexels.com

    O que é fato, é que a necessidade ou vontade que tomou conta dos nossos antepassados continua ainda a nos mover nos dias atuais. A tecnologia pode gerar a impressão de que há uma facilidade em romper essas barreiras tão difíceis, que é sair da zona de conforto e do mundo seguro dos nossos conhecidos referenciais. A verdade é que hoje existem sim facilidades, mas o despertar pra essa ruptura continua sendo algo bastante complexo e talvez ainda mais do que antigamente.

    A tecnologia não permite o luto pelo que deixamos, ao contrário, continuamos ligados e conectados ao que ficou pra trás. Temos a facilidade do ir e vir, onde o retorno para aquele velho e conhecido lugar é sempre possível.

    A preservação da identidade

    A tentativa de preservação da identidade e a fusão no novo gera uma cultura à parte, já não somos mais o que éramos, há uma modificação, algo que só existe naquela situação, fruto daquele grupo que produziu sua nova cultura.

    Para alguns há a necessidade de manutenção da identidade cultural. Isso pode acontecer nos encontros festivos que se esforçam para oferecer algo genuíno da nossa terra. Para outros, esses momentos trazem uma estranha sensação nostálgica que não traduz mais a nossa identidade e sim esse esforço de oferecer um momento de identificação e resgate.

    Há quem busque seus compatriotas expatriados e aquele background dos velhos tempos para seus vínculos mais duradouros. Há quem já não encontre mais a mesma sintonia por nacionalidades, com uma peneira que não oferece mais lugar de destaque pelo simples fato de pertencer a mesma etnia. Existem os que estão permeando os intervalos entre esses estágios e por aí vai, mas algo em comum todos nós imigrantes possuímos, uma modificação irreversível na nossa percepção sobre tudo que nos rodeia.

    Procurando por psicólogas brasileiras pelo mundo?

    O ir e vir

    Lendo a reflexão de um imigrante alguns dias atrás, percebi que para muitos esse fenômeno está relacionado com força e coragem, mas será tão simples? O fato de ter “êxito ou não” nessa ruptura estaria relacionado à força ou então seu oposto, fraqueza? É inegável que uma grande dose de coragem e persistência é fundamental, mas penso que há algo mais ainda nesse processo.

    Não creio que nesse processo exista o tudo ou nada, e sim uma porta que foi aberta e que não poderá mais ser fechada, independente do seu tempo dentro ou fora do nosso país, algo foi modificado, rompido e não pertencemos mais a um lugar somente. É como se tivéssemos nos apossado de uma parte do mundo e em algum momento seremos chamados por ele para esse retorno.

    Pode ser que o primeiro Adeus seja definitivo, um ingresso sem volta nesse mundo de migrantes, ou, pode ser que nosso velho mundo conhecido nos chame para um Adeus mais prolongado, para mais um colo antes do novo salto. O que importa realmente é que não somos mais os mesmos e o ir e vir não irá reverter o que já foi rompido. Muitos não poderão mais viver a mesma vida do passado, seria o mesmo que um peixe viver fora d’água; outros voltarão para os braços da pátria mãe para se nutrir de algo que já não sabemos exatamente o que é e um belo dia o mundo vai nos lembrar que já não temos mais raízes e novamente partiremos.

    Aqui nesse mundo não vale só a força, vale a conexão e dar-se o tempo certo, pois as fronteiras já não existem mais, se você precisa voltar para uma despedida mais longa ou para tentar se aconchegar no colo de sua pátria, não se culpe, vá, o mundo vai te chamar de novo, acredite!

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    Vanessa Coelho Trajano
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    Vanessa é gaúcha de Porto Alegre, psicóloga clínica com vasta experiência em Saúde Mental na realidade do SUS nos hospitais brasileiros. Apaixonada pelo ser humano, nas suas relações, suas potencialidades e angústias. Olhar atento a questões sociais relevantes, essencialmente os que nos desafiam, como mulher, mãe e cidadã. Atualmente desenvolvendo trabalho na área da saúde como Community Support Worker. Mora em Auckland, na Nova Zelândia, com o marido e o filho.

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    4 Comments

    1. Ana Karina Sturm on October 25, 2017 6:51 pm

      Adorei a riqueza do seu texto. Estou tirando minha cidadania européia e me identifiquei com tudo. Obrigada!

      Reply
      • Vanessa Coelho Trajano on October 30, 2017 8:42 pm

        Olá Ana Karina! Fico muito feliz que te identificaste! Complexa nossa jornada não? Boa sorte no seu processo aí! Abraços!

        Reply
    2. Vilma on November 20, 2017 12:50 am

      Olá, li todos os seus textos rsrs. Obrigada pelas informações!

      Reply
      • Vanessa Coelho Trajano on November 28, 2017 7:33 am

        Olá Vilma! Que bacana, obrigada!! Se tiveres sugestões e ideias estou a disposição! Grande abraço!!

        Reply

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