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    Home»Ásia»Meus dias em silêncio na Tailândia
    Ásia

    Meus dias em silêncio na Tailândia

    Marina MazzoniBy Marina MazzoniJanuary 26, 2019No Comments6 Mins Read
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    Photo by Lesly Juarez on Unsplash
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    Quem viaja para a Tailândia pensa em conhecer o quê? As praias paradisíacas, é claro!  E também a confusão interessantíssima de Bangkok, com seus templos lindíssimos; o clima menos caótico de Chiang Mai; o templo branco de Chiang Rai; algum santuário de elefantes (embora essa escolha seja polêmica e envolva questões sérias de maus-tratos) e vilas antigas, com costumes e artesanatos bem típicos. Acho que, no geral, é isso o que a maior parte dos turistas espera conhecer e viver durante a passagem pela Tailândia. Mas existe uma experiência que pode ser super interessante, bem fora do convencional e desafiadora.

    Eu tinha lido um texto na Internet de uma garota que descobriu, por acaso, um monastério zen-budista em meio às montanhas do norte da Tailândia. Gostei do relato dela, pensei em salvar o post, mas por algum motivo acabei esquecendo de tudo isso. Quando estava perto de viajar para Bangkok, fui refazer e rever minhas pesquisas, para decidir quais locais visitar, e me deparei com uma nova postagem, de outro viajante, falando do mesmo monastério. Como eu ia passar bastante tempo na Tailândia e gosto de praticar meditação e yoga, decidi ficar uns dias por lá.

    O monastério, chamado Wat Pa Tam Wua, fica numa área muito verde, bem preservada, perto do distrito de Mae Hong Son. O local tem uma estrutura grande, mas como não cobra nenhum centavo pela hospedagem e práticas de meditação, pede para que os visitantes escrevam com antecedência, falando do interesse em conhecer e permanecer no local e por quantos dias pretendem ficar. A gente pode passar até uma semana lá. A contrapartida é estar presente em todas as práticas de meditação – são três, por dia – e nas cerimônias para servir comida aos monges. É preciso, também, fazer uma hora diária de seva, que é o serviço voluntário, ajudando a manter limpos os quartos, salões e cozinha.

    Há quartos individuais e dormitórios e eu, por sorte ou acaso, fui acomodada em um quarto só para mim. A estrutura é bem simples, mas muito limpa e organizada. A área externa é simplesmente maravilhosa (fotos no link) e é bem fácil se sentir mais em paz só de ver aquela natureza exuberante em volta. As rotinas diárias começam às 6h da manhã e vão até as 21h. O contato com os monges é pequeno, só acontece durante as aulas de meditação e cerimônias. Existem regras bem claras e rígidas com relação ao tratamento que devemos dar aos monges e aos outros visitantes. Mas, ao mesmo tempo, o clima é muito leve e simpático.

    São servidas duas refeições diárias – café da manhã e almoço – e ambas são vegetarianas. À tarde, entre 15h e 17h, fica liberado o consumo de café, chá, achocolatado e outras bebidas quentes. Depois disso, só jejum e muita meditação! A prática é a vipassana, que, de uma forma bem resumida, está muito ligada ao que hoje é conhecido como mindfulness, ou, atenção plena.  A gente medita ora sentado, deitado ou caminhando. E aprende a se tornar um observador da mente, para não ser tão tomado pelos pensamentos e emoções. Não existe nenhuma exigência, nesse monastério, em fazer o retiro em silêncio, mas eu decidi colocar esse desafio a mais na minha experiência – o que deixou tudo ainda mais difícil – e também mais intrigante!

    Leia também: Sete coisas que você precisa saber antes de conhecer a Tailândia

    Na mesma mesa em que a gente faz o check-in, ficam os cartões que a gente coloca na roupa para avisar as outras pessoas que estaremos em silêncio. Cada um decide quanto tempo vai ficar sem conversar com ninguém e só precisa colocar ou tirar o tal cartão. Eu quis começar logo de cara, então ajeitei minhas coisas no quarto, desliguei o celular e pronto, fim de papo! No começo foi super tranquilo, principalmente porque as pessoas viam a minha plaquinha e já sabiam: elas ficavam perto, conversando entre elas e eu ouvindo tudo, sem dizer uma palavra.

    Esse exercício de ouvir, muito mais do que falar, já é algo que tenho feito há algum tempo e, pra ser sincera, me dá bastante prazer. Gosto muito de ouvir histórias, saber o que as pessoas pensam, como veem o mundo, etc. Ser ouvinte não é, mesmo, um problema pra mim. Mas ficar em silêncio vai além de simplesmente não falar. Abrir mão da comunicação em prol de um mergulho interno profundo revela muitos detalhes da nossa personalidade – e aí a gente tem grandes surpresas. O primeiro, que percebi em mim, é que os rituais de cumprimentar as pessoas, dizer “por favor” e “obrigada”, não são apenas uma questão de gentileza e educação. Existe uma necessidade grande, em todo ser humano, de se conectar ao outro e, com isso, a gente não só cumpre papéis sociais, como cria alguns hábitos e mantém comportamentos para viabilizar a vida social e também ganhar a simpatia e o afeto das pessoas. Não há nada de errado com isso, mas quando você – no caso, eu – corta esses rituais da sua rotina, vem logo um vazio e uma dúvida de como vai ser se relacionar (ou não se relacionar) com as pessoas que vê todos os dias.

    A segunda ficha que caiu – e essa caiu bem no colo, de uma vez só – foi a de como eu “comprei” esse discurso tão disseminado de que precisamos ser proativos – e levei isso muito a sério (pobre de mim! rs). Eu via as pessoas se perguntando como fazer determinada coisa, como ir a determinado local, pedindo informações a respeito de coisas que eu conhecia e sentia, em todas essas vezes, um impulso muito grande de responder, de agir. De novo, não há nada errado em ajudar alguém, principalmente quando a pessoa pede ajuda, mas o que eu vi é que eu sou tão acostumada em fazer, em apresentar soluções, que eu com certeza já “atropelei” muita gente que ficaria bastante satisfeita em também ser útil e descobrir, por si mesma – ou com a ajuda de outras pessoas – o que estavam precisando/buscando.

    Leia também: Diferenças culturais na Tailândia

    Eu vi também que não falar – ou, pelo menos, não falar em excesso – deixa a gente menos cansada. Sério! Eu senti que é como se a gente tivesse um combustível, usado para passar o dia e fazer tudo o que precisamos, e que toda vez que a gente fala, a gente gasta um pouquinho dele. Falar é muito importante e, às vezes, crucial para algo que queremos realizar. Mas aí é um gasto de combustível que é mais investimento do que desperdício. Por outro lado, quando a fala é exagerada, o tanque vai esvaziando e depois sobra muito pouco pra dar aquele gás no que precisa ser colocado em prática. Não sei se faz algum sentido pra você, mas fez muito pra mim. E, hoje, volta e meia eu me calo, pra sentir se é hora de direcionar a energia para as palavras, quanta energia elas vão consumir ou se é melhor manter a boca fechada e colocar a mão na massa.

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    Marina Mazzoni
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    Marina é mineira e jornalista. Trabalhou em emissoras de tv de Belo Horizonte por 14 anos e em dezembro de 2017 pediu demissão pra ter um ano sabático. Comprou uma passagem só de ida pra Índia, onde fez um retiro espiritual. Passou por outros países da Ásia, foi para Europa e o resto do roteiro ainda está em construção.

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