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    Home»Áustria»O frio extremo
    Áustria

    O frio extremo

    Ana DietmüllerBy Ana DietmüllerMarch 2, 2018Updated:August 17, 20182 Comments6 Mins Read
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    Fonte: Pixabay
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    O frio extremo.

    Prezados leitoras e leitores, enquanto escrevo esse artigo, grande parte da Europa, incluindo a Áustria, está sofrendo com o frio extremo: uma onda polar, vinda diretamente da Sibéria, que jogou a temperatura para muitos graus abaixo de zero nos termômetros do continente afora.

    Na manhã seguinte ao anúncio da chegada da onda polar, acordamos com a temperatura absoluta de 13 graus negativos! Claro que existem locais ao redor do globo onde esse frio não é tão frio assim, como Canadá, Sibéria, países nórdicos, e, até aqui, na região do Tirol, é comum chegar a 20 graus negativos durante os dias de inverno.

    O diferencial dessa vez é de que a massa de ar siberiano está cobrindo praticamente toda a Europa, despencando todas as temperaturas.

    A Áustria, pátria do esqui e detentora de grande parte da cadeia alpina, sofre temperaturas muito baixas no inverno, que variam – a grosso modo e excluindo-se os picos dos Alpes – entre zero e – 8, -9, com bastante frequência. Há localidades geograficamente mais geladas, como, novamente, o Tirol, por exemplo, e o topo das montanhas, onde chega, frequentemente, a – 10, -15 até -20 graus. Isso seria um grande e grosso resumo do inverno austríaco.

    Pois bem, há quatro dias seguidos que se vai dormir, aqui na nossa região, com – 11 e se acorda com -13, -14 graus. E essa é a medição absoluta. Quando falamos em sensação térmica, durante o dia, ela chega a – 22 graus, como hoje às 11h. À noite, a temperatura absoluta vai para a casa dos 20 negativos. A temperatura no pico das montanhas bateu os 30 graus negativos. Isso, dessa maneira, é atípico!

    Em razão, portanto de tanto rigor, as autoridades do governo e de saúde, iniciaram alertas e prevenções diante do monstro de gelo que paira sobre o país nesse momento.

    Deixo, então, dicas preciosas recebidas do médico-chefe da Cruz Vermelha, Dr. Harald Hertz, em entrevista a TV estatal, ORF2, no programa Mittag in Österreich do dia 26.02. 2018, a respeito dos cuidados a se tomar em situações rigorosas como essa.

    Leia também: tudo que você precisa saber para morar na Áustria

    Alimentos e bebidas:

    NÃO tome álcool para se aquecer. Com o rigor do tempo, os glóbulos fecham para se proteger e conservar energia. O álcool na corrente sanguínea abre esses mesmo glóbulos, o que custa, então, muito mais energia para manter o aquecimento corporal, pois o organismo fica em uma atividade de “abre-fecha”, totalmente ineficaz no quesito conservação de calor.

    TOME chá quente e COM açúcar. O açúcar, sim, auxilia na conservação de calor. Recomenda-se também chocolate quente e sopas.

    Vestuário:

    Pra sair à rua USE roupas térmicas, meia-calça/cuecão, luvas, touca e cachecol sempre e cubra, inclusive, o rosto.

    VISTA-SE no modelo “cebola”, em camadas, por exemplo: uma camiseta básica, uma camiseta comprida, um pulôver e uma jaqueta. Assim, quando você chegar em ambientes aquecidos e precisar tirar a jaqueta, terá suficiente peças restantes que lhe garantam a manutenção de calor do seu corpo.

    Homens e meninos, USEM cuecão – e para os meninos pequenos há as meias-calças térmicas – ou roupas de baixo de esquiar por baixo das calças normais. Elas também ajudam a conversar temperatura. Garanto pra vocês que não é ” coisa de mimoso”, não. E se você insistir que é, lhe desafio a ficar em 14 graus negativos só com a cueca e a calça jeans, por 10 minutos, caminhando no vento.

    Leia também: Como se vestir no frio canadense

    Crianças e pessoas idosas:

    Crianças pequenas são bastante suscetíveis a doenças em período frio, sobretudo com um clima polar, então, se não houver necessidade de sair à rua com elas, evite durante o período de rigor.

    Pessoas idosas e, principalmente, quem sofra problemas cardíacos, também devem evitar exposição a esse clima extremo. O choque de temperatura por frio pode causar, inclusive, infarte. Resguardem-se portanto.

    Acessórios importantes:

    Se necessitar sair, use um creme no rosto que bloqueie a passagem do frio. E cubra o rosto com o cachecol, por exemplo. O ideal é utilizar vaselina em cera ou o famoso creme Nívea, branco e bem grudento que, no Brasil eu odiava por não deslizar na pele e, aqui, não sai da minha bolsa só agora entendendo o por quê. NÃO utilize hidratante para sair à rua. Ele prejudicará sua pele, pois, por sua consistência natural umidificará seus poros, mas em um tempo extremo, tudo o que é úmido, vira gelo, ou seja, o hidratante acabará por proporcionar o resfriamento do seu rosto, ao invés de bloquear a ação da temperatura negativa.

    Atenção a sintomas importantes:

    Pontas dos dedos das mãos, dos pés, ponta do nariz e pontas das orelhas tendem a reduzir o fluxo sanguíneo quando expostos a clima rigoroso.

    Se você sentir essas extremidades aquecerem ou queimarem, em seguida ficarem vermelhas e começarem a doer e, após alguns minutos, você não sentir mais nada, e isso inclui não sentir nem as próprias extremidades quando tocadas por outra parte do corpo ou por outra pessoa, corra para uma unidade de saúde ou médico. Pode ser sinal de congelamento, pois o não sentir significa que os nervos já estão comprometidos. Não brinque com isso, nem deixe para depois, pois pode custar uma amputação de membros!

    Leia também: Custo de vida na Áustria

    Esse tipo de circunstância não ocorre apenas com quem sobe montanhas ou está esquiando, ela ocorre se você está na rua,e precisa tirar a luva, por exemplo. Aconteceu comigo: um dia de muita neve, levei meu pequeno para andar de trenó e, repentinamente começou a ventar, o que piorou muito a sensação térmica. Distraí-me e tirei a luva para bater uma foto dele descendo o morro nevado. Em questão de segundos, as pontas dos meus dedos pareciam queimar e não havia o que eu fizesse que parasse a dor. Era muito ruim e me assustei bastante, pois recoloquei a luva, bati palma, massageei a mão e nada! Estávamos em uma pracinha a 3 quadras de casa. Voltei imediatamente e, assim que adentrei o ambiente aquecido, senti o retorno da normalidade da minha circulação sanguínea. Aos poucos, a mão foi aquecendo e a dor cedendo, mas o susto foi muito grande.

    Quando isso ocorreu, eu não tinha essas informações acerca dos sintomas de congelamento. Por isso repito: não brinque!

    No demais, agasalhe-se bem e evite exposição desnecessária ao ar livre sob essas condições extremas! Ah, e não esqueça de tomar um bom chá com açúcar ou um chocolatinho quente!

    Até a próxima!

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    Ana Dietmüller

    Ana é gaúcha de Porto Alegre e advogada. “Escrevinhadora” por aventura; curiosa e analítica por hobby. Acostumada aos 15 anos de correria profissional, quando chegou à Áustria, em 2012, precisou aprender a desacelerar: e, morar em um lugar que é destino de férias para muitos, ajudou bastante. Com outro olhar e outra alma, o mundo passou a ser visto através de cores, de cheiros, de sons, de sabores e de imagens maravilhosamente desconhecidos. Mora na Áustria com o marido e o filho e, após toda essa mudança de vida e de hábitos, escreveu seu primeiro livro: Histórias de morar fora. São crônicas que mostram como é, de verdade, morar fora do Brasil. Disponível pela Amazon na versão eletrônica e para impressão.

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    2 Comments

    1. Ina De Oliveira on March 2, 2018 8:38 pm

      Muito bom seu texto como sempre e ótimas dicas.
      Aqui em Buenos Aires já tive meus pés congelados 3 vezes. Foi horrível, assustador mesmo. Na primeira vez estava como voce, quase em panico. Nas outras percebi logo quando iniciou o congelamento. O jeito é entrar rápido em algum lugar com aquecimento. Na primeira vez eu estava perto de casa e assim que cheguei fui ao banheiro e coloquei os pés na água morna. que erro! Parecia que estavam esfaquiando meus pés tamanha era a dor das pontadas quando a água morna quase quente batia neles. mas como voce bem escreveu a gente aprende rapidinho. 🙂
      A dica do hidratante também é ótima porque tem um povo com mania de passar creme a cada segundo e no inverno e com baixas temperaturas nao dá. Vai aumentar a sensacao de frio e, como voce disse, até mesmo congelar. Hidrante só quando voltar para casa e tirar a roupa, porque é incrível como a pele fica ressecada. Antes de sair do Brasil eu odiava cremes, nao usava nenhum, até passar um inverno forte aqui e um dia perceber minhas pernas cinzas e descascando. Num instante fui comprar hidratante.
      Boa sorte e se mantenha bem aquecida aí porque por aí nao está frio, está congelando mesmo.
      beijos,
      Ina

      Reply
      • Ana Dietmüller on March 3, 2018 10:09 am

        Ina, amada.

        Obrigada por ler e comentar.

        Guriazinha, eu era como tu: odiava qualquer creme que fosse. Hoje, depois de cada banho, me besunto e, quando saio a rua, é o bendito Nívea no rosto. E no meu filhinho também.

        Eu imagino o susto horrível com os teus pés. E agora entendo, porque meu marido disse: “se tu sentires essas sensação novamente, lave a parte afetada com água FRIA”. De novo, vivendo e aprendendo.

        Exatamente, hidratante só quando já estiver em casa e, sim, a pele sofre terrivelmente.

        O horror gelado já passou. Estamos com nossos -4 graus, normais, novamente.

        Baita beijo pra ti!

        Reply

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