Ouvi falar de Queenstown muitas vezes quando cheguei na Nova Zelândia. Pelos boatos e experiências pessoais, imaginava uma mega metrópole. Ouvia que era cheia de vida, pessoas, música, belezas naturais e esportes radicais. É tudo verdade, com exceção de que Queenstown é uma cidadezinha de 25 mil habitantes na região de Otago, na Ilha Sul da Nova Zelândia.
Tive a oportunidade de conhecê-la no ano passado e só então entendi a aparente obsessão de todos por ela. Cercada por belas montanhas e lagos, Queenstown é única. A maioria das pessoas nas ruas é de outros países e turistas curiosos. Os neozelandeses se refugiam nos bairros longe do centro, mas ainda é possível encontrar um ou outro nas áreas comerciais, prontos para te contar como se orgulham de ter nascido lá.
É possível — e muito recomendável — andar por todo o centro da cidade em apenas algumas horas. O transporte público é escasso. Uma passagem de ônibus do aeroporto vai te custar 10 dólares neozelandeses! Por isso, ande bastante e fique atenta às paisagens belíssimas e à arquitetura estilo européia. Queenstown está lotada o ano inteiro. Hostéis — os famosos backpackers — tem poucas vagas, então reservar com antecedência é fundamental.
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Mas, afinal, onde devo ir?
Vá até o píer, onde terá uma vista incrível das montanhas e do lago azulado. Logo ao lado, está o Jardim de Queenstown. Andando em volta dele, você tem uma vista privilegiada das montanhas de ângulos diferentes. Andando até o topo, você encontra uma variedade de flores coloridas. Também é um dos locais favoritos dos turistas para jogar Disc Golf.
A gôndola de Queenstown é um passeio obrigatório. Para chegar até o topo da montanha, são 35 dólares neozelandeses. Se você quiser jantar ou almoçar por lá, o ingresso com restaurante incluso sai por 85 dólares. O buffet é variado, com várias opções de pratos asiáticos. Achei a comida muito gostosa. Recomendo este passeio para qualquer viajante, especialmente os que não querem se aventurar nos esportes radicais, como eu. Você também pode aproveitar e andar de luge, este carrinho da foto acima.
Para os amantes de Senhor dos Anéis, em Queenstown há algumas tours que passam pelos locais utilizados nos filmes. Quando fui pra lá, encontrei um grupo fazendo este passeio. Eles passavam por todos os cenários, tirando fotos com a paisagem e com as fotos das cenas do filme para comprovar a veracidade! Muitas agências fazem esse passeio e eu aconselho comprar lá em Queenstown porque a variação de preço online não é muita. Mas para quem tiver interesse, recomendo este site.
Milford Sound é uma das melhores razões para conhecer Queenstown! Lá você encontra montanhas e um lago de tal beleza impossível de capturar em uma foto — e eu tentei várias vezes! Para chegar lá, são cinco horas de ônibus e mais uma hora e meia de cruzeiro entre as montanhas — no verão, com direito a cachoeiras. A viagem de ônibus é meio demorada, mas vale super a pena. Esta foi a minha parte favorita da minha viagem e todos que já visitaram Milford Sound também se apaixonaram pelo local. Eu fiz o passeio com a Jucy Cruize.
Bungee Jumping! Queenstown é o lar dos bungee jumpings mais desejados da Nova Zelândia. Todos são feitos pela empresa AJ Hackett, nomeada após o criador do esporte. São três bungees de alturas diferentes espalhados pelos arredores da cidade. A maioria das pessoas deixa para fazer esportes radicais apenas em Queenstown e não se aventuram em outras cidades, como Rotorua ou Taupo. O mais alto é de 134 metros, com oito segundos de queda livre, e se chama Nevis Bungy.
Queenstown também é uma cidade de oportunidades, especialmente para quem tem o Working Holiday Visa. Há vagas na área de turismo e vendas praticamente o ano inteiro. É melhor procurá-las na cidade, pessoalmente, em vez de utilizar sites de emprego. Os estabelecimentos colocam placas nas vitrines e nas portas, então basta dar uma volta por Queenstown que irá encontrar vários locais precisando de funcionários. Muitas pessoas estão dispostas a empregar estrangeiros por ser muito comum na área.
Em qual estação devo ir?
Sou suspeita para falar porque não gosto muito de frio, mas a maioria das pessoas se apaixona pelas montanhas nevadas. Como na Nova Zelândia faz frio durante a maior parte do ano, oportunidade para ver neve é o que não falta. Eu fui em dezembro, quando era verão, e Queenstown me conquistou da mesma forma que conquista os viajantes de inverno. No verão, as montanhas são igualmente belas, o jardim botânico é bonito e você não precisa de tantas roupas — ainda assim, um casaco corta-vento é questão de sobrevivência. Eu não levei e tive que comprar um por lá. A única coisa que me incomodou foi o pôr do sol às 21h30!
Seja qual mês você for, encontrará uma paisagem maravilhosa e uma vibe bem mais animada que Auckland e qualquer outra cidade, com várias pubs e festas o fim de semana inteiro. Queenstown é jovial, divertida e perfeita para os amantes de adrenalina à procura de novas memórias no país. Meu último conselho é economize bem antes de visitar a cidade, pois a maioria dos passeios é acima de 100 dólares.
2 Comments
Obrigada por todas as suas dicas!!! Eu estou planejando um intercâmbio em Auckland e gostaria de sua opinião sobre o fato de eu não falar quase nada em inglês. Pretendo ficar 14 semanas ai. O que me diz? Hehehe
Olá Valéria,
A Natália Souza, infelizmente, parou de colaborar conosco.
Obrigada,
Edição BPM