Este mês recebemos nossa primeira visita desde a mudança; minha tia veio passar 15 dias com a gente. Não víamos a hora dela chegar! Minha filha era a mais ansiosa, queria mostrar nossa casa nova, as coisas que ela já consegue falar em polonês, mostrar o que já conhece da cidade. E nesses 15 dias de “férias” decidimos visitar Malbork e Gdańsk.
Na Polônia praticamente todo mundo viaja de trem; temos trens para todos os lugares, todos os dias e horários, além de uma variedade de tipos de trens, em que basicamente o que muda de um para outro é o valor da passagem, a duração da viagem e o conforto oferecido. Fora isso, todos oferecem a passagem familiar, que pode ser para um adulto + uma criança ou dois adultos + uma criança. No meu caso, pegamos pela passagem familiar dois adultos + uma criança e tivemos um desconto de 30% no valor total. Para procurar passagens de trem, ver preços ou comprar, clique aqui.
Nossa primeira parada foi na cidade de Malbork, onde visitamos seu famoso castelo. Desembarcamos na estação 3 horas depois de sairmos de Varsóvia, e fomos caminhando por 15 minutos até o castelo. Lá também compramos o bilhete familiar que sempre sai mais em conta, já estando incluso no valor a visita com um guia (polonês, inglês ou russo) ou um áudio-guia (polonês, inglês, alemão, russo, francês, espanhol ou italiano).
A cidade fica localizada ao norte da Polônia e nasceu ao redor do Castelo de Malbork, que começou a ser construído em 1274 pela Ordem dos Cavaleiros Teutônicos. O Castelo é o maior do mundo em área e a maior construção de tijolos em toda a Europa, além de ser Patrimônio Cultural da UNESCO. A visita leva em torno de 4 horas e nos conta um pouco da história dos Cavaleiros Teutônicos, da Polônia e de como era a vida dentro do complexo medieval. Como estávamos com crianças, fiquei apreensiva de ser um passeio entediante para elas. Mas foi o contrário, pois elas adoraram e se interessaram por tudo o que vimos. Passamos por dormitórios, cozinha, refeitórios, banheiros, sala de reuniões, hospital, correio. Vimos todas as transformações que o complexo sofreu com o passar dos séculos, como ficou após a Segunda Guerra Mundial e todo o processo de restauração. Lá dentro existem 3 restaurantes, então, almoçamos em um deles, todo em estilo medieval, com lareira, mesas e bancos de madeira. A comida era uma delícia e o preço justo.
Depois de visitar todo o castelo, voltamos para a estação e pegamos um trem que, depois de 40 minutos de viagem, nos deixou em Gdańsk.
Gdańsk é uma cidade na costa do Mar Báltico e é o principal porto da Polônia. A história da cidade é bem complexa e conta com períodos de domínio polonês, alemão e períodos autônomos, mas desde 1945, faz parte outra vez da Polônia. A arquitetura da Cidade Velha de Gdańsk é muito peculiar, pois mescla os estilos barroco, gótico e renascentista. Quase toda a Cidade Velha foi reconstruída após a Segunda Guerra Mundial com base em fotos, quadros e pinturas.
No dia seguinte, acordamos e fomos direto conhecer as principais atrações. A Cidade Velha em si é bem pequena. Com um bom planejamento é possível visitar os principais pontos turísticos. Como tínhamos pouco tempo, nosso principal foco foi o centro histórico.
Nossa primeira visita foi ao Żuraw, que junto à Fonte de Netuno é o símbolo da cidade. Trata-se de um portão/guindaste, feito totalmente de madeira, que foi construído no século XIV e fica na orla do rio Motława. Saindo de lá passamos pelo Portão Verde (Brama Zielona) e chegamos na Praça do Mercado e Ulica Długa (Rua Comprida ou Principal), que vão até o Portão Dourado (Złota Brama). Essas são as ruas mais famosas da cidade, suas casas pertenciam somente aos moradores mais ricos.
É aqui também onde fica a Fonte de Netuno. A imagem de bronze do Deus dos Mares foi desmontada e escondida durante a Segunda Guerra Mundial e só voltou para o seu lugar em 1954. É, sem dúvida nenhuma, o lugar mais fotografado da cidade. Bem atrás da fonte fica a Corte de Artur (Dwór Artusa), que era a Câmara do Comércio inspirada na lenda do Rei Artur, construída em meados do século XIV, lugar onde os comerciantes mais ricos da cidade se encontravam. Vale a pena entrar, ver a requintada decoração e a enorme fornalha de quase 11 metros, localizada em um dos cantos do salão principal.
Na Ulica Długa fica a Prefeitura, num dos prédios mais bonitos da cidade, construído em 1379. Depois do almoço fomos até a Igreja da Santíssima Virgem Maria, que é o maior templo de tijolos da Europa, construída entre 1343 e 1502. Lá, subimos 410 degraus em uma altura de 82 metros e chegamos até o mirante, onde conseguimos ver Gdańsk inteira de cima. A subida é cansativa, mas a vista vale muito a pena. Quando descemos já estava na hora de ir para a estação de trem para voltar pra Varsóvia.
A viagem foi rapidinha, não conseguimos visitar tudo, mas mesmo assim valeu muito a pena e só deixou a vontade de voltar para conhecer mais Gdańsk.
Até mais.
Para saber mais:
Cidade de Malbork em inglês
Castelo de Malbork em inglês
Cidade de Gdańsk em inglês
Principais atrações em Gdańsk em inglês
Apartamentos em Gdańsk em inglês
4 Comments
Gizelli,
Lindo texto adorei… Morei 7 meses em Wroclaw e foram inesquecivies….Definitivamente a Polonia mora no meu coracao!!!!
Oi Reanata!
Fico feliz que tenha gostado!
A Polônia marca a gente de um jeito inesquecível mesmo!
Continue acompanhando os textos das colunistas daqui para matar um pouquinho a saudade!
Abraços,
Gizelli
Meu sonho é conhecer Gdansk,um dia do nada no google maps,peguei o bonequinho e arrastei até qualquer lugar da Europa e ele caiu bem em Gdansk.Dái pra frente sempre voltei a andar por Gdansk no google maps,pelas estradas e hoje em dia quando eu for conhecer de verdade a cidade(Se Deus quiser ainda vou…,sei andar por tudo como se fosse praticamente Florianópolis,cidade onde sou nascido e moro até hoje.
Parabéns pelo Blog.
bj
Oi Maurício!!!
Obrigada, fico feliz que tenha gostado e torço para que logo você conheça Gdansk ao vivo! Com certeza, você ficará mais encantado!
Abraços,
Gizelli