Curso de alemão para adultos com baixo custo.
Quem aí mudou-se para a Alemanha sem saber falar nem “oi” do idioma local? Eu! Para as leitoras que moram em terras germânicas e, assim como eu, veio para cá com a intenção de se virar com o inglês para aos poucos aprender alemão: bate aqui (imagina o Emoji da mãozinha).
Cheguei e me vi perdida, sem saber por onde começar a aprender o alemão. Curso intensivo não é muito barato (de acordo com o meu orçamento) e sabia que não era apenas com o curso que iria saber falar o idioma. Então, demorei seis meses para ter o primeiro contato com a língua em sala de aula. Antes, tentava estudar em casa. Aprendi alguma coisinha com meus filhos. Mas, claro que o alemão não se aprende, assim, sozinho. Até conheço uma menina que aprendeu com o Duolingo. Namorado dela é alemão. Não sei se ajudou. Enfim. Não posso generalizar, só posso contar a minha experiência.
Fui para sala de aula porque consegui um curso indicado no Encontro de Mulheres (já falei sobre essa reunião aqui) feito por voluntários. Era três vezes por semana, três horas por dia, na parte da tarde, das 17h às 20h, e duraria três meses, com a promessa de finalizar o A1. Era um pouco confuso porque cada dia da semana era um professor. Mas, foi um jeito de começar a entender um pouco da língua.
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Quando estava quase terminando os três meses, umas das professoras convidou as mulheres da sala para uma aula em uma outra ONG. Seria um intensivão de um mês, das 9h às 13h, de segunda a sexta, apenas para mulheres refugiadas. Como não teve muita adesão do público-alvo, ela pediu permissão para convidar outras estudantes e assim metade da sala migrou para esse curso. Foi muito bom! A professora era muito boa e assim tive um bom panorama do básico da gramática.
Quase no final do curso, pensei que não queria parar de estudar, mas, por outro lado ,não tinha verba para bancar um curso intensivo, mas, nada como conversar e conhecer as pessoas certas.
Meu filho faz catequese em Berlim (no texto sobre o Encontro de Mulheres, você também encontra o endereço da Igreja Católica que fala português, caso tenha interesse) e enquanto ele está no curso, os pais esperam na sala de convívio. Eis que estou conversando com uma das mães e papo vai, papo vem, chegamos no tema “aprender alemão”. E ela me conta que faz um curso da Volkschochschule (VHS) voltado para pais, que acontece três vezes por semana, das 9h às 13h e tem o custo de 20 euros por trimestre. Nem acreditei! Era tudo o que eu precisava. Então, se você mora em Berlim, vá até uma escola e confira quando começa a próxima turma. Acredito que tenha em todas as cidades da Alemanha esse curso.
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Eu tive a sorte de pegar uma professora muito boa. Mas, já aviso que é um curso mais lento. A cada trimestre você termina o módulo, por exemplo, o A1.1, depois de três meses, o A1.2, em seguida você vai para o A2.1 e assim por diante.
Agora, se você tem pressa de aprender o idioma e dependendo da sua situação, digo, do tipo de visto que você tem (reunião familiar – meu caso -, passaporte europeu, refugiado…), vale para o curso de pais também, você pode fazer a integração oferecida pelo Governo. Ele funciona da seguinte forma: você pega um formulário no Ausländerbehörde e com essa autorização, você se matricula na escola que faz parte da integração.
Confere no site Integrationskurse quais são, paga 195 euros por mês e em seis meses, tem o certificado do B1. Claro que você precisa fazer uma provinha para ter esse certificado. E se passar no primeiro teste, o governo devolve metade do valor investido no curso. Ou seja, você recebe quase 600 euros de volta.
Vamos lá! Não tem interesse de fazer essa integração? Bom, além desse curso de pais que estou fazendo, de segunda, quarta e sexta, também me inscrevi na Ayekoo. A Ayekoo é ma ONG para estrangeiros que oferece um coaching gratuito para ajudar a recolocar-se no mercado de trabalho. Eu apenas mandei um e-mail para o site, expliquei minha situação e, alguns dias depois, entraram em contato, agendei uma reunião e comecei meu coaching.
Eles me ajudaram a fazer inscrição na Agentur für Arbeit (uma espécie de agência de trabalho) e se comprometeram a pagar um curso na minha área, quando eu tiver o certificado do B1. E com essa meta de chegar no B1, a Ayekoo disponibilizou uma vaga no curso de alemão oferecido por eles às terças e quintas, das 9h às 11h, na própria organização.
Bom, tudo isso é para contar que se assim como eu, você está sem grana para aprimorar suas habilidades e melhorar o idioma, sempre tem um jeitinho. Mesmo que você não more na Alemanha, procure organizações como essas e tente fazer algo por você. Espero ter ajudado e compartilhe nos comentários o que você fez ou está fazendo para tentar desenvolver habilidades que nunca imaginou. No meu caso, é aprender alemão.