Facebook Twitter Instagram
    BrasileirasPeloMundo.com
    • Home
    • Sobre o BPM
      • Time do BPM
      • Autoras
      • Contato
      • Na Mídia
      • Blogs
    • Colabore
    • Custo de Vida
      • Quanto custa
      • Cheguei e agora?
      • Custo de Vida Pelo Mundo
    • Países
      • Alemanha
      • Austrália
      • Áustria
      • Canadá
      • EUA
      • Espanha
      • França
      • Inglaterra
      • Itália
      • Japão
      • Polônia
      • Portugal
      • Suécia
    • Mais
      • Dicas para viajar sozinha
      • Relacionamentos online
      • Turismo Pelo Mundo
      • Vistos
    • Intercâmbio
      • Intercâmbio pelo Mundo
    Facebook Instagram
    BrasileirasPeloMundo.com
    Home»Divagações»Solidão, solitude e adaptação no exterior
    Divagações

    Solidão, solitude e adaptação no exterior

    Lorena NascimentoBy Lorena NascimentoJune 11, 20183 Comments5 Mins Read
    Facebook Twitter Pinterest LinkedIn Tumblr Email
    Foto: Acervo pessoal
    Share
    Facebook Twitter LinkedIn Pinterest Email

    Solidão, solitude e adaptação no exterior.

    Quando se vive sozinha, há um demônio que nos assombra e um anjo que nos consola. O demônio é a solidão e o anjo é a solitude. A solidão é mais famosa e difamada. Traz uma sensação de vazio, de achar que estamos desamparadas e perdidas em um país novo. Há pessoas que dizem ser possível curtir a solidão. Na verdade, elas estão se referindo a solitude. Solitude é a quando se encontra a paz estando a sós. Eu entendo que é quando eu me encontro comigo mesma. Como se eu me convidasse para tomar um café e conversar sobre a vida. Podemos ter momentos de solitude ao meditar, andar na natureza, ou sozinha no quarto ouvindo um álbum de música favorito. 

    A solitude foi (e é) importante na formação do meu caráter. Eu tenho facilidade para fazer amigos e participo de vários grupos sociais. Porém, desde pequena, eu sempre gostei de ter um tempo para mim. Na minha solitude eu reflito sobre minhas ações e comportamento. Também faço questionamentos pessoais que me ajudam a saber o que realmente espero da vida.

    Leia também: STS: Saudade, Tristeza e Solidão

    Morar no exterior nos oferece uma chance de se reinventar. Principalmente para as mulheres que são cobradas para serem boas mães, funcionárias, esposas e donas de casa. E ainda temos que manter uma pose linda em cima do salto. Mas às vezes, nos cansamos de tentar entrar nos padrões de uma sociedade tradicional. Ao mudar de país, nos expomos à nova cultura que traz valores e costumes diferentes da nossa terra natal. 

    Quando eu mudei para o exterior sozinha, pensei em tudo que eu queria mudar na minha vida. Afinal, eu não teria família e antigos amigos por perto que já estão acostumados com meus hábitos e personalidade. Reinventar-se significa mudança e mudar não é tão simples. Toda vez que me mudava para uma cidade nova eu pensava naquilo que podia melhorar em mim. “Agora vou estudar mais, ser fitness, focar na carreira e construir novos círculos sociais.”

    Mas a verdade é que na maioria das vezes não conseguimos cumprir todas as nossas promessas de mudança. E começamos a perceber quais atitudes temos mais facilidade e mais dificuldade de ter. Então, por que mudar? Queremos ser pessoas melhores pelo nosso bem-estar e nossa saúde? Para agradar os outros? Ou simplesmente pelo fato de poder mudar?  

    Antes de morar nos EUA, eu nunca me preocupei muito em definir minha identidade, meu caráter e meus valores. Mas aqui as pessoas são muito cobradas em demonstrar quem são, suas qualidades e interesses. Por exemplo, eu tenho um casaco de moletom com um dinossauro e coroa do Basquiat. Ele foi um dos pioneiros na arte do grafite nos EUA. Eu amo o casaco e uso com bastante frequência. A professora de Artes da escola em que trabalho sempre puxa assuntos sobre Basquiat. Ela acha que sou apaixonada pela arte dele porque comprei o casaco com a estampa do seu trabalho. Eu gosto de Basquiat, mas eu gosto mais do meu casaco e comprei porque achei bonito.

    Eu também tenho uma paixão por adesivos. Se eu simpatizar com a ideia e achar o design interessante, colo adesivos no meu computador, garrafa d’água, janela, bicicleta, etc. Meus amigos americanos me informaram que só usam um adesivo se aquilo representar bastante o seu ponto de vista.

    Leia também: Por que a adaptação em outro país é tão difícil?

    Acredito que não há nenhuma outra cultura que se importe mais em manter uma boa aparência do que a brasileira. Mas eu acho os americanos são mais preocupados em transparecer as suas ideologias. Aqui, as pessoas são registradas para votar de acordo com a orientação política (democratas ou republicanos), em todos os formulários devemos indicar nossa raça, as pessoas falam publicamente quanto recebem por ano ou quanto ganham por hora. Ou seja, a maioria dos americanos tem muita convicção de seus ideais (ou pelo menos acha que tem). Eu sei que não preciso ter total certeza de quem eu sou, mas por viver aqui, frequentemente sou cobrada a ter uma opinião formada sobre tudo. Então, comecei a pensar mais sobre a minha representatividade.

    Viver longe do meu país me trouxe um maior autoconhecimento. Quando paro para pensar em tudo que mudou em minha vida, posso sentir saudades do meu antigo eu, ou mergulhar na nova vida. Hoje sei que posso mudar hábitos sem perder a minha essência, que posso me reconstruir através de novas experiências, que posso conviver bem comigo e me aceitar. O amadurecimento traz mudanças. E as melhores são aquelas que desenvolvem as melhores qualidades e suprimem os piores defeitos. As decisões mais sensatas são feitas em momentos de solitude e não de solidão. A solitude traz respostas para questões que a rotina nos inibe de observar. Ficamos com a mente muito ocupada nos adaptando aos novos costumes. 

    Cabe a nós decidir como vamos preencher o nosso tempo a sós. Pensamentos negativos e falta de esperança são o caminho para a solidão. O caminho da solitude é mais difícil, pois ele inclui autoaceitação e paciência, contudo, nos ensina que estar sozinha e conseguir conviver consigo mesma é uma benção.

    Textos relacionados

    • Turismo em Portland, Oregon
    • Friendsgiving: Dia de Ação de Graça com amigos
    • Os bairros de Portland
    • Participei da Pedalada Pelada em Portland
    • Equilíbrio mental e pessoal na pós-graduação
    • A crise dos desabrigados em Portland
    Clique aqui para ler mais artigos da mesma autora
    adaptação adaptação no exterior formação de caráter Solidão solitude
    Share. Facebook Twitter Pinterest LinkedIn Tumblr Email
    Lorena Nascimento
    • Website

    Lorena é carioca, engenheira florestal, adora estar perto do mar, e cresceu em Macaé. Atualmente mora em Portland, onde é doutoranda em Urbanismo. Em seu tempo livre gosta de cantar e tocar maracatu, escrever, ver séries, e sair com seus amigos. Suas paixões são aprender mais sobre a natureza, fazer snorkeling na Região dos Lagos, fazer trilhas, ler biografias e livros políticos.

    Related Posts

    Novas gírias e expressōes faladas nos Estados Unidos

    March 1, 2023

    O medo da mudança

    October 13, 2022

    Melhores momentos em nove anos de Chile

    December 17, 2021

    3 Comments

    1. Natália Ribeiro on June 14, 2018 4:48 pm

      Lindo texto querida!! A vida é mesmo desafios, surpresas e aprendizado! Desejo que sua mensagem ajude as pessoas que se sentem solitárias a focarem em momentos de solitude e não de solidão! Lembrei de você hoje, conversando com Zanetti, do jogo do Brasil na Copa de 2010 que assistimos lá em casa! Saudades!! Beijo! Nat

      Reply
    2. Ana Lucia Alves on June 21, 2018 9:30 pm

      Belo texto, Lorena! Apesar de viver no país que nasci, sei bem o que são esses anjos e demônios… Muito bem colocados por você, assim como a posição da mulher brasileira na nossa sociedade. Parabéns, mocinha!!!

      Reply
    3. Giovanna Andriani on August 10, 2018 12:13 am

      Adorei o texto! Aprendi a valorizar meus momentos de solitude, são muito especiais. Principalmente quando se há tanta coisa nova para aprender quando se muda de país.

      Reply

    Leave A Reply Cancel Reply

    This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.

    • Facebook
    • Instagram
    Polônia

    Dia de Finados na Polônia

    By Ann MoellerOctober 28, 20240

    Dia de Finados na Polônia O Dia de Finados é comemorado oficialmente pela Igreja Católica…

    Novas gírias e expressōes faladas nos Estados Unidos

    March 1, 2023

    Terremoto na Turquia

    February 10, 2023

    Natal em tempos de guerra

    December 21, 2022
    Categorias populares

    Green Card e Residência permanente após o casamento

    April 26, 2015

    Como morar legalmente na Espanha

    August 7, 2015

    Como estudar no Ensino Superior em Portugal

    August 14, 2014

    Como é morar em Santiago no Chile

    June 28, 2014

    Validação do diploma brasileiro nos EUA

    May 20, 2016

    Cinco razões para não morar na Dinamarca

    April 19, 2015

    É brasileiro e reside no exterior? A Receita Federal ainda lembra de você!

    February 9, 2017

    Passo-a-passo para fazer mestrado ou doutorado com tudo pago nos EUA

    March 2, 2016
    BrasileirasPeloMundo.com
    Facebook Instagram
    • Sobre o BPM
    • Autoras
    • Na Mídia
    • Anuncie
    • Contato
    • Aviso Legal
    • Política de privacidade
    • Links
    © 2012-2025 BrasileirasPeloMundo.com

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.